Edy Star com Raul Seixas pouco antes da morte do roqueiro.
Na última quinta-feira,em Brasilia, com Zeca Baleiro
O Primeiro álbum de Gilberto Gil, lançado em 1967 pela gravadora Philips, Louvação está sendo reposto em catálogo – em edição (antiga) programada para voltar ao mercado fonográfico em abril deste ano de 2017 pela Universal Music – 50 anos após o lançamento original. Uma curiosidade: o parceiro de Gil na composição que dá título ao álbum é um Juazeirense, Edy Star. Nascido em Juazeiro em 1938, fez uma carreira de sucesso com Raul Seixas, que produziu seu primeiro compacto. Em 1971 com Raul, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada gravaram o disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, apresenta sessão das 10”.
A música Procissão, que trazia apenas Torquato Neto como parceiro na edição original, restabeleceu os créditos de compositor a Edy Star. O nome do Juazeirense não constava na edição original do álbum.
O pai de Edy Star era escriturário, fotógrafo amador e atuava como Juiz de Futebol nas horas vagas. Veio a Juazeiro como Juiz de futebol e terminou casando e fixando residência na cidade. Um ano após o nascimento a família mudou-se para Salvador, onde Edy começou a dar seus primeiros passos como ator, pintor e cantor. Suas primeiras apesentações se deram nas rádios Sociedade da Bahia e Cultura, onde conheceu Raul Seixas, que já era um astro das emissoras. Edy conquistou muitos fãs pelas suas interpretações, principalmente de La Bamba.
Depois da experiência kavernista, Edy passou a cantar em cabarés e boates da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, no período entre 1972 e 1973, adotando o sobrenome 'Star'. Os shows de Edy chamaram a atenção da turma do Pasquim e ele virou um Pop Star. Na lista dos que compunham pra ele nada mais do que Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Como artista plástico, tem no currículo mais de 30 exposições nos Estados Unidos e Europa. Em 1992 ao decidiu então fixar residência na Espanha e em 1995, ganhou os prêmios de Melhor Ator de Teatro Alternativo e de Grupo Revelação, com a peça Un Payaso Perdido en Madrid.
No Brasil por esses dias Edy Star fez shows em São paulo e Brasilia, neste último a convite de Zeca Baleiro.
Discografia:
- 1970 - Compacto (Matilda/Aqui é quente, bicho!)
- 1971 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez (com Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada)
- 1973 - Sweet Edy (Disco de Carreia solo)
- 1975 - Compacto (Baioque)
- 1975 - Trilha Sonora da Novela "Corrida do Ouro" (Música: A bem da verdade - de Zé Rodrix)
- 1979 - Zaza Big Circus (Produzido por Zé Rodrix)
- 2011 - Carrossel de Baco (Participação na Faixa 2)
- 2012 - 100 anos de Gonzagão (Canta 3 músicas no disco)
2 comentários
30 de Apr / 2017 às 10h37
Como gostamos de resucitar quem já morreu.
12 de May / 2020 às 13h17
A música do disco em que foi reconhecida a parceria de Edy Star não foi a faixa-título, "Louvação", e sim "Procissão". Edy vinha reclamando isso há bastante tempo.