A direção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Petrolina (Sintcope) manifestou sua preocupação com o cenário do mercado de trabalhado após a aprovação do projeto que amplia a terceirização no país. Como é sabido, a Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (22) o Projeto de Lei (PL) 4.302, apresentado em 1998, que aprova a terceirização generalizada, em todas as atividades – inclusive na atividade-fim, o que a Justiça do Trabalho veda atualmente –, e também altera regras para o trabalho temporário.
Os dirigentes do Sintcope avaliam que a decisão da Câmara dos Deputados é inaceitável, absurda e totalmente distante da necessidade dos trabalhadores brasileiros, que com a terceirização ganharão menos e trabalharão mais.Para os dirigentes sindicais a aprovação do projeto é um golpe no direito dos trabalhadores e um retrocesso nas relações de trabalho. “Não aceitamos uma decisão dessas que tem o interesse apenas de beneficiar a classe empresarial. O noticiário que está aí, não nos deixa dúvida, de que desde que o presidente Temer assumiu o comando do país ele não tem medido esforços para aprovar projetos que prejudicam os trabalhadores”, avalia a direção sindical.
A principal mudança com a terceirização é que empresas ganharam permissão para terceirizar quaisquer atividades, não apenas atividades acessórias da empresa. Isso significa que uma escola que antes poderia contratar só serviços terceirizados de limpeza, alimentação e contabilidade agora poderá também contratar professores terceirizados.
Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2015, mostrou que os terceirizados recebiam em média 30% a menos que os contratados diretos.“Está claro que o trabalhador será prejudicado. Sendo assim, a população precisa conhecer quem foram os deputados que votaram contra os trabalhadores”, disse a presidente do Sintcope, Dilma Gomes.
Ascom Sintcope
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