* Paulo Carvalho
De tuas entranhas,
Do odor de tua pele,
Do suor e do sangue,
Do calor do teu corpo,
Entre tuas pernas...
Abertas ou fechadas
Como janelas cansadas,
Atrevidas, caladas.
Nasce do medo,
E da cor do dia,
Da tristeza
E da alegria,
Até da própria poesia!
Nasce do grito,
Da dor da mulher parida,
Da satisfação,
Da necessidade,
Da leitura ao pão,
E da própria vida!
De onde? De tudo!
Até do absurdo!
Do poeta que não fala,
Da dor que se cala,
Quando pareço mudo!
De onde? Do caos!
Da guerra dos mundos,
Dos olhos perdidos,
Atrevidos, sem esperança,
Da moça e da criança.
Nasce também da dança,
Dos lobos na madrugada,
Nasce do amor,
E do amor à amada!
Nasce quando choro,
Imploro e quero colo,
Nasce quando da minha veia,
A inspiração parece teia,
E a minha poesia é nada mais
Que dois dedos na areia!
* Paulo Carvalho, jornalista, poeta e escritor.
3 comentários
14 de Mar / 2017 às 23h44
Estilo "batatinha quando nasce, espalha ramas pelo chão..."
15 de Mar / 2017 às 03h06
Ué. Agora ele é pueta. Não é mais cantor?
15 de Mar / 2017 às 14h22
de onde nasce poesia? da saúde precária de Juazeiro e dos canais a céu aberto, nem das feridas abertas de tanto coçar por murdida de muriçóca é que não não deve ser, kkkkkkkkkkkkkk ô povo que vive em reino de faz de conta!