Uma das músicas mais populares do país, a Asa Branca, do pernambucano Luiz Gonzaga completa 70 anos de gravação nesta sexta-feira (03). A canção foi feita em parceria com o advogado Humberto Teixeira e retrata o cenário da seca nordestina e o sofrimento do povo sertanejo. Para comentar sobre a data e a letra da música, o programa Geraldo José de hoje recebeu nos estúdios da Rádio TransRio Fm 99,9 o Juiz Sanfoneiro, Dr. Ednaldo Fonsêca, o jornalista Ney Vital, o Superintendente de Cultura de Juazeiro Maurício Dias (Mauriçola) e o cantor Elisson Castro do Forró Pega Leve.
O jornalista Ney Vital ressaltou a origem da música Asa Branca. “A música Asa Branca surge por causa de uma sanfona de oito baixos. Conta-se que antes de 1928, quem gostava dessa música era Lampião não com essa musicalidade dada por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. São diversas vertentes de pesquisas e nós temos buscado essas histórias. O Luiz Gonzaga puxando a sanfona é inigualável. Eu conversei com o pesquisador Zé Batista e ele me disse que a música Asa Branca ultrapassa mil gravações. Luiz Gonzaga só gravou 9 vezes Asa Branca”, afirmou.
O cantor Elisson Castro frisou como Luiz Gonzaga influência na sua carreira musical. “Para nós é maravilhoso ter como referência Luiz Gonzaga. Sempre que posso vou a Exu para reencontrar os amigos forrozeiros. Asa Branca é uma música universal, que não deixa de ser atual e que sempre estará mexendo com as emoções das pessoas”, disse.
O Juiz Sanfoneiro, Dr. Ednaldo Fonseca, teceu muitos elogios a musicalidade de Luiz Gonzaga. “Hoje é um dia de festa. A música Asa Branca é um hino! Nós temos o compromisso de levar o verdadeiro forró. Não tem um show que eu não cante Asa Branca e peço que todos cantem comigo. Asa Branca é o hino do nordestino. Temos o compromisso de levar adiante nossa cultura musical para mais 70 anos”.
O Superintendente de Cultura da secretaria de Cultura Turismo e Esportes de Juazeiro, Maurício Dias, também participou da entrevista e falou sobre os seus primeiros contatos com a música Asa Branca. "Luiz Gonzaga quando veio a Juazeiro a Bossa Nova já estava acontecendo. Caetano gravou um compacto que tinha Asa Branca e chegou a ser vaiado e preso. Mas Luiz Gonzaga com aquela indumentária do nordeste sofria preconceito na minha geração porque nós gostávamos dos The Beatles", comentou.
Muitos ouvintes participaram do programa Geraldo José e também deixaram suas saudações aos 70 anos da música Asa Branca. Mate as saudades de Asa Branca nesta bela interpretação de Luiz Gonzaga e as participações de Fagner, Sivuca, Guadalupe, Dominguinhos e Osvaldinho.
Da redação Blog Geraldo José - Alinne Torres/ Fotos Geraldo José
2 comentários
04 de Mar / 2017 às 08h12
Luis Gonzaga cantava a verdade e o sofrimento do povo. QUIM quer enganar que Lula nao fez Luz para Todos e agua para Todos??? Lula mora ha 50 anos no mesmo apartamento e nunca mais comprou nada; so ajudando os pibres. QUIM mostra uma empresa ou riquesa de um trabalhador Lula??, So faz falar que os trabalhadires roubou?? A TV sao de empresarios e poluticos do PMDB e PSDB e DEM para falar mal sem provas dos trabalhadores???QUIM quem mente vai pagar caro???
04 de Mar / 2017 às 11h10
Srs, Todos sabemos da historia do saudoso L. Gonzaga, que por sinal, há anos, esteve na rua 28 de Setembro, cantando e fazendo propaganda da bicicleta Monark e, este e tantos Juazeirenses, tiveram privilegio fazer parte daquele momento impar. Porém, muitos artistas, que propagaram aos quatro cantos da cidade, com linda canção, "Querer levar a vida como se ela fosse chá de erva doce", não teve coragem sair daqui, afim a tantos outros artistas,operários, atletas etc..., e, agora, vive a procurar culpado por não ter sido conhecido/reconhecido em outras plagas como cantor ou compositor.