Geraldo, como estamos entrando no mês da poesia, envio este poema sobre a nossa querida Juazeiro, que apesar dos pesares, fica mais bonita até quando chove. Segue também, para ilustrar, um trabalho do artista e parceiro Iehoshua Iahueh.
Grande abraço!
Até sem o sol seremos
Juazeiro
é tão deveras
como toda via
foge o sol
descansa o dia
nubla o tempo
a rubra cor.
até o cinza é poesia.
Verde era um rio
sob nuvens de
antes de ontem,
era quase mais largo que um sorriso
passando
pelas pontes
e pelas pilastras,
para verter poemas no impreciso.
solidões que habitam o cais
no resumo dos amores frios
congelados pelos carnavais
onde
milhares de corações e rios
seguem firme nas correntes,
por entre avenidas luminosas
repletas pelas gentes & gentes.
alhures brotam velas bêbadas
no casco de um barco súbito
onde se lê as letras iniciais,
era uma vez um paquete
pequenino,
chamado de "Nunca mais".
Poema: João Gilberto Guimarães
Ilustração: Desenho a lápis de Iehoshua Iahueh
João Gilberto Guimarães Sobrinho é juazeirense, poeta, microempreendedor e entusiasta da palavra. Produtor e coordenador de eventos literários. Já atuou na rede municipal e estadual de ensino. Atualmente administra as publicações da Editora CLAE.
Iehoshuá Iahueh, Juazeirense de 29 anos, desenhista e pintor auto didata. Realizou algumas exposições, sempre homenageando ícones da luta por igualdade racial. Seu estilo é a pintura intuitiva.
1 comentário
02 de Mar / 2017 às 18h24
Como é linda minha Petrolina, a verdadeira capital do vale.