E quando ela samba,
Ao som do samba,
Aquele gingado, cadeiras
Que dançam,
Mulatas e brancas,
Favelas, senzalas,
Casa Grande, palácios,
Até das alas: “Oh, abre-alas”.
São elas, rainhas ou plebeias,
Cinderelas e teteias,
São todas, em movimento,
Do Movimento
Das Tropicálias!
E quando ela samba,
E como samba,
Braços abertos,
Soltos no ar,
Protestos festivos,
No salto, no ato,
Nos cabelos a voar,
São mais que passos,
São mais que peitos,
É da moça o jeito,
Faceiro de sambar!
São elas, rainhas ou plebeias,
Cinderelas e teteias,
Estão todas, em movimento,
Do Movimento
Das Tropicálias!
E quando ela samba,
A avenida aplaude,
Se levanta, se alarde,
Seja em escolas ou trios,
O brilho da moça,
Em seus brincos,
Cabelos coloridos,
“Quem te vê, quem te viu”
Não importa a forma,
Nem a cama, nem a fama,
Ela é a rainha, ela é dama,
Do Carnaval do Brasil!
* Paulo Carvalho - jornalista, poeta e escritor.
4 comentários
11 de Feb / 2017 às 23h56
É impressionante como algumas pessoas que juntam LÉO com CRÉO se acham poetas, escritores, etc...
11 de Feb / 2017 às 23h57
Belo Poema Paulo, a poesia sem dúvidas é a Columbina dos poetas iluminados.
12 de Feb / 2017 às 12h01
Nem tem nada de tropicalismo nisso. O professor Otoniel Gondim bem disse... Vai ser um bom carnaval..Mas,nada de tropicalismo. GRANDE GONDIM!
13 de Feb / 2017 às 08h40
Juazeiro é a terra da fantasia, pena que a realidade é mais dura e cruel por fora da bolha que uns parecem viver