O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) comentou nesta segunda-feira (06) a nomeação de Moreira Franco como secretário-geral da Presidência da República. O ministro foi citado 34 vezes em delação de executivo da Odebrecht. Com ingresso no primeiro escalão do Governo Federal, ganha do presidente Michel Temer o benefício do foro privilegiado e só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o parlamentar socialista teceu duras críticas à ação que chamou de "blindagem".
Lucas lembrou que a mesma estratégia utilizada por Temer foi aplicada pela então presidente Dilma Rousseff. "No ano passado, Dilma tentou nomear o ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil e a atitude foi duramente criticada pela imprensa e pela sociedade pois ficou clara a tentativa de proteger o líder petista. Agora, o presidente Temer faz o mesmo jogo injusto do apadrinhamento", atacou.
O deputado reafirmou sua postura crítica ao governo do peemedebista. "O próprio presidente Temer é um dos nomes mais citados nas delações, o que só reafirma a falta de legitimidade neste ato de nomear o agora ministro-protegido Moreira Franco", expôs Lucas.
Ainda em discurso, o parlamentar salientou que a classe política precisa tomar atitudes exemplares para barrar a crise ética que afeta o país. "Se estamos trabalhando para mudar o Brasil, precisamos abandonar táticas escusas que beneficiam poucos em detrimento dos anseios da sociedade", refletiu. "A nomeação de Moreira Franco ratifica, infelizmente, que o Governo Federal ainda mantém em seu seio práticas da velha política e pouco se diferencia do seu antecessor", finalizou Lucas.
Ascom
1 comentário
07 de Feb / 2017 às 17h09
O senador, vai aprovar o indicado por Michel Temer, para ministro do STF. Se brincar, vai fazer até campanha. Tudo para tentar se livrar dos inquéritos que correm no STF. O cerco está se fechando e o desespero é grande. A urgência é acabar com a lava a jato e livrar todos os corruptos. Menos, é claro, os petistas, que continuarão devidamente presos.