A automedicação é um hábito bastante comum entre os brasileiros. Dores de cabeça, febre, entre outros problemas, são tratados com doses de “remedinhos” indicados por parentes ou amigos sem qualquer orientação médica. O que pouca gente sabe é dos riscos que essa prática pode trazer à saúde.
Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz, os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil. No Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), a maior parte dos casos de intoxicação é causada por medicamentos ou envenenamento por produtos químicos.
“Além do perigo da intoxicação, quando você se automedica poderá também estar escondendo uma doença mais grave, pois, estará tratando de imediato um sintoma sem o acompanhamento de um profissional para analisá-lo. Ainda é preciso considerar o risco de alergias e de efeitos colaterais em decorrência do uso do medicamento. ”, explicou o Chefe do Setor de Farmácia Hospitalar do HU-Univasf, Felipe de Medeiros.
Outra grande preocupação é o uso excessivo e indiscriminado de antibióticos que vem causando o surgimento de “superbactérias”. A utilização incorreta da droga ao invés de eliminar a bactéria acaba deixando-a mais resistente aos tratamentos. O antibiótico ainda poderá atacar bactérias em seu corpo que são benéficas ou pelo menos não causam doenças.
Contudo, existem alguns medicamentos que são isentos de prescrição médica ou odontológica que podem ser utilizados com orientação de um farmacêutico. “Algumas situações de menor potencial podem ser resolvidas na farmácia. O paciente pode procurar o farmacêutico e buscar instruções sobre o uso de alguns medicamentos ou a indicação da especialidade médica para promover o tratamento adequado. ”, afirmou Felipe de Medeiros.
Ascom/HU Univasf / Foto: Ilustração
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