Reforma de Rui será mais abrangente que o previsto; confira nomes

O governador Rui Costa (PT) ainda não concluiu as mudanças no seu secretariado, estimada inicialmente para o fim do ano passado, e a prometida publicação no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (20) pode ser novamente adiada. Partidos como o PP e o PSL ainda não tiveram uma conversa definitiva e há quem especule que o anúncio será adiado para a próxima semana ou até mesmo para depois da eleição da Assembleia Legislativa, o que é descartado no Palácio de Ondina.

Em princípio dita como “minirreforma”, com trocas em até seis pastas, as peças poderão ser mexidas em mais de dez secretarias, conforme apurou o bahia.ba. Com o pedido do chefe do Executivo baiano aos seus auxiliares de manter as informações guardadas a sete chaves, vide o exemplo do PSD, a reportagem conseguiu confirmar que quatro gestores estão confirmados.

Atual secretária de Políticas para Mulheres, Olívia Santana (PCdoB) entregará a SPM à sua correligionária Julieta Palmeira – irmã do marqueteiro Sidônio Palmeira – e assumirá o Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em substituição ao ex-deputado comunista Álvaro Gomes. O PSB conseguiu emplacar José Vivaldo Mendonça em Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em lugar de Manoel Mendonça. Já o PSD será vitaminado com Desenvolvimento Urbano, que ficará mesmo com o deputado federal Fernando Torres.

Atual titular da Sedur, Carlos Martins (PT) tem como destino mais provável a Casa Civil, embora seja cogitado também na Administração, hoje ocupada por Edelvino Góes. Bruno Dauster tem dois caminhos especulados: ou a chefia de Gabinete ou a Bahia Invest, criada por ele mesmo. Cícero Monteiro deve assumir as Relações Institucionais, mas Josias Gomes (PT), antes dado como carta fora do baralho, é cotado no Desenvolvimento Rural (SDR), em substituição a Jerônimo Rodrigues.

Na briga de tendências petistas, a DS (Democracia Socialista) de Rodrigues seria contemplada com a passagem da cadeira de Josias para Robinson Almeida no Congresso Nacional. Outra alteração na sigla do governador pode atingir a Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, com o ingresso de Cézar Lisboa – autor da formatação da pasta ainda no governo Wagner – em lugar de Geraldo Reis. Para a SJDHDS, há quem aposte ainda no ex-procurador-geral Wellington César Lima e Silva, que esteve recentemente na Governadoria.

Com o apetite do PP aumentado, devido ao crescimento da participação do PSD e a promessa do governador de não ampliar espaços, a legenda do vice-governador pode ser contemplada com a Cultura – Jorge Portugal balança e o PT quer emplacar Juca Ferreira – ou Meio Ambiente. Eugênio Spengler é uma das peças dadas como corte certo, mas a Sema também pode ficar com Josias Gomes a depender da composição com os pepistas, que podem preferir a SDR.

Trocas anteriores – Antes da reforma atual, que visa fortalecer o governo para as eleições de 2018, Rui já tinha promovido mudanças em quatro pastas nos dois primeiros anos do governo. Em abril de 2015, James Correia deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, assumida na sequência pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, indicado por Jaques Wagner. Em abril do ano passado foi a vez de o petista Osvaldo Barreto entregar a Educação a Walter Pinheiro, que se licenciou do mandato no Senado logo após deixar o PT. Também com troca de cadeiras no PT, em julho, a esposa do deputado federal Valmir Assunção (PT), Fabya dos Reis Santos, foi nomeada na pasta de Igualdade Racial, em substituição a Vera Lúcia Barbosa. Dias depois, no fim do mesmo mês, a última peça trocada foi no Turismo que, após uma composição com o PR, foi passada de Nelson Pelegrino (PT), que retornou à Câmara, para José Alves.

Confira a planilha com o resumo das próximas modificações no primeiro escalão baiano:

Fonte: Bahia.Ba Foto: Manu Dias/GOVBA