Investimento federal foi superior a R$ 60 milhões; projetos de irrigação e barragem de Sobradinho também foram vistoriados por Kênia Marcelino
Cerca de 210 mil moradores de Petrolina, no sertão de Pernambuco, estão sendo beneficiados pelo sistema de esgotamento sanitário que foi vistoriado, nesta segunda-feira (02), por Kênia Marcelino, presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), empresa pública federal responsável pela obra.
Foram R$ 65 milhões investidos no sistema, sendo R$ 1,9 milhão da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) – encarregada da execução do empreendimento -, e a maior parte em recursos do Governo Federal repassados ao Estado de Pernambuco via Codevasf.
"É uma obra importantíssima que já está elevando a qualidade de vida da população de Petrolina, com relevante melhoria nas condições de saúde, além de garantir que a água restituída ao São Francisco esteja devidamente tratada, assegurando a recuperação hidroambiental do rio", destacou a presidente da Codevasf, que estava acompanhada do superintendente da Codevasf em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro, do senador Fernando Bezerra e do deputado federal Guilherme Coelho, além de técnicos da Codevasf.
Petrolina tem 96 quilômetros de sua extensão banhados pelo rio São Francisco, e passa a ter cobertura de tratamento de esgoto superior a 90%.
O tratamento adequado de esgoto doméstico está melhorando a qualidade de vida da população do centro de Petrolina e dos bairros Jardim Guararapes, Cohab VI, São Gonçalo, Rio Corrente, Parque Massangano, Cohab Massangano, Ipsep, Jardim São Paulo, João de Deus, Ouro Preto, José e Maria, Areia Branca e Manoel do Arroz, que convergirão para a estação de tratamento de esgotos.
Conservação hidroambiental
O sistema executado pela Compesa com recursos federais possui tubulações que somam mais de 47 mil metros, rede coletora com mais de 9 mil metros, 863 ligações domiciliares, 19 coletores tronco totalizando 12,6 mil metros, 8,8 mil metros em linhas de recalque, oito elevatórias, duas estações de tratamento e um emissário com 263 metros.
Atenta aos problemas sociais e ambientais advindos da falta de tratamento dos esgotos sanitários domésticos, a Codevasf investiu até hoje, no âmbito do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, cerca de R$ 1,8 bilhão na implantação de sistemas de tratamento de esgoto na bacia do São Francisco.
As ações da Codevasf na área de implantação de sistemas de esgotamento sanitário objetivam a recuperação e a conservação hidroambiental da bacia. Ao mesmo tempo, reduzem o despejo de esgoto direto no rio, melhoram as condições sanitárias locais e contribuem para a conservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição. Até o momento, 83 sistemas foram concluídos pela Codevasf na área da bacia do São Francisco.
Visita a projetos
A agenda da presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, à Petrolina nesta segunda (02) incluiu ainda visitas aos projetos públicos de irrigação Senador Nilo Coelho, área Maria Tereza, projeto Pontal, e ainda à barragem de Sobradinho, principal reservatório de água do Nordeste. No Lago de Sobradinho, a Codevasf investiu em 2016 recursos federais de R$ 25 milhões para implantar o sistema de bombeamento sobre flutuantes que garantiu captação de água para irrigação mesmo num cenário de seca prolongada.
Graças à ação preventiva, que teve recursos repassados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, foi afastado o risco de desabastecimento para 2,3 mil agricultores instalados em 23 mil hectares do projeto público de irrigação Senador Nilo Coelho, maior referência em fruticultura irrigada do país.
Foi construído pela Codevasf um canal de 2,4 km revestido de manta asfáltica e um sistema de diques de 2 km. A Companhia instalou cinco sistemas de bombeamento sobre flutuantes com dois conjuntos de eletrobombas em cada um dos oito módulos, com capacidade para bombear 0,8 metro cúbico de água por segundo.
A safra anual do Nilo Coelho gira em torno de 700 mil toneladas de frutas, entre as quais se destacam uva, manga e goiaba; o faturamento anual do projeto é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Após a visita à barragem, a presidente da Codevasf e comitiva foram à Fazenda Fortaleza, no município baiano de Casa Nova, onde conheceram a produção de manga e uva sem sementes que atende às exigências internacionais de qualidade e é voltada sobretudo para exportação.
1 comentário
03 de Jan / 2017 às 13h22
CUIDADO FERNANDO. OLHE A FEDERAL. TU RESPONDE PROCESSO.