Com o início oficial do verão em todo o hemisfério sul na quarta-feira (21 de setembro) é preciso redobrar alguns cuidados com a saúde. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), além dessa segunda quinzena de dezembro, os meses de janeiro e fevereiro terão altas temperaturas, superando até os índices históricos alcançados no estado em 2016. O período será marcado também pela baixa humidade do ar, que ficará em muitos momentos abaixo de 20%, percentual considerado prejudicial ao corpo, segundo a OMS.
Diante desse cenário que aponta, o dermatologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina, Dr. Elson Marques, alerta que a pele merece uma atenção especial. “Na verdade, os cuidados com a pele devem permanecer durante todo o ano, mas, como o nosso verão é muito quente a prevenção deve ser redobrada. O mais importante de tudo é o filtro solar, que deve ter um fator de proteção de, no mínimo, 30, devendo ser aplicado meia hora antes da exposição ao sol e reaplicado de 2 em 2 horas, ou em intervalos de 1 em 1 hora se a pessoa for praticar alguma atividade ao ar livre. Depois disso vem a hidratação com uma maior ingestão de líquidos e o uso de hidratantes corporais. Para evitar a oleosidade pode ser feita a higienização facial diária e uma esfoliação uma vez por semana”, ressalta o profissional.
A falta de cuidados com a exposição solar pode resultar em queimaduras, manchas, fotoenvelhecimento e câncer de pele. Além disso, a combinação de sol, praia, areia ou piscina mais o excesso de suor elevam o risco de algumas doenças de pele, como micoses, brotoejas, sardas brancas, micose de praia (conhecida popularmente como ‘pano branco’) e acne solar.
Segundo o dermatologista, para evitar tais problemas, o indicado é “aplicar o protetor solar em todo o corpo, incluindo pés, mãos, nuca e orelhas; proteger cicatrizes com filtro solar ou escondê-las; utilizar fluidos siliconados nas pontas dos cabelos para impedir os danos ocasionados pelo vento, calor e maresia; abusar da água, suco de frutas e água de coco; buscar ingerir alimentos como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba que contêm carotenoides, substância que se deposita na pele e retém as radiações ultravioletas; comer alimentos saudáveis, com alto teor de água e fibras, e baixo teor de carboidratos; além de usar roupas leves e manter os hábitos de higiene, como escolher o sabonete adequado ao tipo de pele, secar-se após o banho e não andar descalço em pisos constantemente húmidos”.
Dezembro Laranja
Agora em dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia se reúne para realizar o “Dezembro Laranja”, campanha que tem como objetivo conscientizar a população sobre o câncer de pele, o segundo tipo mais comum no Brasil. “Sem dúvida, a pior consequência da exposição excessiva ao sol é o câncer de pele. Para se ter uma ideia, o câncer no país já é a segunda causa de morte por doenças, ficando atrás apenas das do aparelho circulatório. Nesse caso, a prevenção ainda é o melhor tratamento, e ela deve iniciar na infância, pois, estudos mostram que 85% da radiação solar recebida por uma pessoa ocorrem nos 20 primeiros anos de vida”, destaca Dr. Elson.
O câncer de pele varia muito na aparência. Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para procurar um dermatologista. “É preciso observar se há uma divisão no meio da pinta e se os dois lados são iguais, pois se apresentarem diferenças deve ser investigado. Também são sinais de alerta as bordas irregulares e serrilhadas, várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha e o crescimento progressivo da mesma”, orienta o profissional.
Ascom UPAE/IMIP
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