Conforme uma pesquisa, realizada provavelmente na região sudeste do país, os principais sonhos de consumo dos brasileiros, diga-se, dos residentes naquela região, são viagens, carros e cirurgias plásticas. Consumismo, ostentação e vaidade são as palavras da vez para uma geração seguidora e gerida por padrões pré-estabelecidos por referências criadas com o objetivo de estipular regras sociais e quebrar paradigmas, sem respeito mínimo aos pudores familiares e até mesmo religiosos.
As pessoas que tentam corresponder às expectativas alheias em detrimento às que verdadeiramente importam para suas felicidades transferem o que possuem de positivo, e inevitavelmente herdam o negativo. Quando se está bem consigo mesmo tudo e todos que estão em volta desfrutarão do positivismo, numa espécie de efeito dominó. Não se deve fazer o mundo de espelho, mas sim, ser espelho para o mundo, nunca reprimindo seus objetivos. Não espere ver para crer; creia que verás o que almeja. Este é um resultado lógico para os que buscam e acreditam que o amanhã será um ótimo novo dia.
Conhecer novos lugares, novas culturas e 'novos mundos' são alguns dos desejos que perpetuam nas listas dos propósitos anuais, há tempos. As viagens para conhecer o desconhecido ou as viagens para visitar a terra natal ou rever familiares ainda encabeçam as vontades pré e pós-réveillon, sendo inclusive as mais fiéis e geralmente cumpridas. As promessas de dieta, as de parar com alguns vícios como o de consumo de álcool e o de fumar, a de abandonar o sedentarismo e passar a frequentar uma academia ou praticar caminhadas (a partir da primeira semana do ano), as de 'juntar' moedas em um minhaeiro para comemorar o aniversário de um ente querido, entre outras, são afirmativas pouco cumpridas, a não ser quando influenciadas por fatores externos e alheios às próprias vontades como por determinações médicas. Um pouco de força de vontade e ideal podem fazer a diferença.
O décimo sétimo ano do Século XXI (2017) se apresenta como, se não o mais, um dos períodos mais incógnitos das últimas duas décadas. A população de todo o mundo espera ansiosa para ver os desdobramentos e os contornos que alguns acontecimentos iniciados ou ocorridos em 2016 irão tomar durante o tempo em que o planeta Terra completará sua volta em torno do Sol. É grande a expectativa em relação às conseqüências de algumas ações já provocadas e as que ainda estão por acontecer. O homem, como sempre, é o principal responsável nas promoções de suas graças e desgraças; é o mentor e a própria vítima do egoísmo e da fome de poder exacerbado. Daí, talvez, o motivo das preocupações do dia-a-dia para muitos.
Neste, mais um, ano novo queira paz no seu e no coração de outrem. Não espere que te dêem a mão, ofereça primeiro a sua ao próximo e aos mais distantes. É preciso desejar que todos os novos prefeitos e vereadores eleitos ou reeleitos em todas as cidades do país façam uma boa gestão e que as crises política e econômica não sejam empecilhos para os projetos pessoais e coletivos. É bom lembrar que o processo eleitoral ficou para trás e o que interessa agora é torcer para o que foi prometido de bom seja cumprido. Muros e cercas não dialogam, ao contrário separam. Atitudes xenofóbicas e excludentes contribuem com a disseminação do ódio e do rancor, em que nada favorece para a harmonia entre os diferentes povos do mundo, independente de raça, clero, cor e gênero.
O branco que simboliza a paz deve ser usado durante todos os dias do ano, inclusive no setembro amarelo, no outubro rosa e no novembro azul. Sentimentos como gratidão e amor ao próximo devem ser atemporais e que o ano velho seja uma referência para o novo, assim como as famílias sejam exemplo de amor e união.
Amai o próximo como ama a si mesmo.
Feliz todos os dias, semanas, meses e anos novos.
Gervásio Lima
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