Biomagnetismo, massagens terapêuticas, yoga e cromoterapia são práticas alternativas utilizada por estudantes e professores para amenizar o estresse e lidar com os padrões de exigência acadêmica, como produtividade, que podem conduzir a situações extremas e o surgimento de transtornos comportamentais.
Professor do Departamento de Ciências Humanas, da Universidade do Estado da Bahia, João José Borges identifica que existe um processo de adoecimento, que não se manifesta exatamente como doenças, mas como um mal-estar generalizado por meios de discursos que demonstram insatisfação ou problemas emocionais. "Muitas vezes, a aparência é de normalidade, as pessoas não percebem esse adoecimento. Mas, de vez em quando, acontecem casos extremos como de um estudante que precisou de internamento médico," afirma o pesquisador da área de Comunicação e Saúde.
Ainda não há dados sobre doenças que atingem alunos, professores e técnicos. Contudo, João Borges considera necessário ter informações sobre o estado de saúde da comunidade acadêmica. "Temos verificado alguns trajetos preocupantes e isso se reflete na saúde mental. É algo que a gente precisa chamar atenção a respeito de como estamos conduzindo as nossas vidas, estudos e os desafios", explica.
Professora do curso de Pedagogia há 19 anos, Adeílda Ana da Silva Martins convive com sintomas de ansiedade há alguns anos e percebeu que o problema se agravou durante o mestrado, que está cursando. "Fico muita ansiosa por causa dos estudos. É a minha primeira seção de massoterapia, mas já me sinto mais leve. Acredito que com as sessões de massagens possam diminuir a ansiedade", conta a professora.
João José Borges desenvolve no projeto de pesquisa Corpoética aulas de yoga como prática integrativa que auxilia a saúde das pessoas, tanto nas questões físicas como psíquica. "Várias pesquisas médicas revelam a importância e os efeitos do yoga no biopsiquismo do individuo, no melhoramento dos órgãos internos, no estado geral da saúde e bem estar do praticante, no funcionamento cardiovascular, psicomotor, a concentração e o equilíbrio psicossomático", explica.
O estudante de comunicação Robson Gomes iniciou as sessões de yoga e acredita que a prática está melhorando a concentração e diminuindo a ansiedade. "Tento manter as técnicas de concentração que aprendi no yoga nas questões pessoais. Quando estou dirigindo ou na sala de aula, deixo todo barulho ao redor de lado e tento manter o foco no meu objetivo". Para o estudante, o yoga é importante não só para quem demonstra sintomas de ansiedade, mas para todos que procuram por concentração, flexibilidade e, principalmente, qualidade de vida e equilíbrio físico e mental.
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