A universalização do acesso à água e o saneamento básico na Bahia foram temas da audiência pública ocorrida sexta-feira (16), no Auditório Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Joseildo Ramos (PT), e o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado Marcelino Galo (PT), propuseram a discussão em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae) e o Observatório do Saneamento Básico, reunindo trabalhadores, professores universitários, técnicos do governo, parlamentares e representantes políticos.
"Temos o entendimento de que a água não é mercadoria, e que o saneamento é um direito humano fundamental para a promoção da saúde que precisa ser assegurado. De modo que o debate, bastante representativo, ratifica isso, além de reafirmar, na Assembleia Legislativa, a importância da Embasa e da Cerb para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do nosso estado", opinou Galo. Durante a audiência, o deputado Joseildo Ramos informou que trabalhadores da Embasa e da Companhia terão assento no Conselho Administrativo das empresas e que o governo também estuda uma reforma das duas empresas a partir da luta dos trabalhadores. "Acredito que foi uma grande vitória, fruto da mobilização de todos e a forte presença das pessoas nessa audiência mostrou isso. O governador demonstrou interesse em ouvir e assim vamos fazer uma CERB e uma Embasa ainda mais forte para servir aos baianos", destacou o parlamentar.
O professor da UFBA, Luiz Moraes, acredita que para avançar nestas questões e evitar a mercantilização da água do estado, algumas medidas precisam ser tomadas, incluindo: o início imediato da elaboração do Plano Estadual de Saneamento Básico e do Plano Estadual de Resíduos Sólidos; o fortalecimento da Embasa e da CERB; dotar a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) de estrutura e competência para o cumprimento de suas atribuições; e uma auditoria, feita pela AL, da dívida pública da Bahia.
Ascom Dep. Marcelino Galo
1 comentário
19 de Dec / 2016 às 15h47
Discutir saneamento básico e oferta de água é chover no molhado. Nada disso adianta se não tiver dinheiro, e esse dinheiro não for roubado pelos corruPTos.