Em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241/55), que limita investimentos em saúde e educação por vinte anos, trabalhadores rurais e urbanos, de Juazeiro, professores, movimentos sociais e sindicais, bancários, estudantes secundaristas e universitários, participaram, nesta sexta-feira (11) da mobilização nacional. A concentração ocorreu em frente ao INSS e seguiu pelas principais ruas do centro da cidade.
A votação da PEC no Senado Federal está prevista para acontecer na próxima terça-feira (29). De acordo com a professora do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Grazyelle Reis dos Santos, o objetivo dessa mobilização em Juazeiro é tentar conscientizar as pessoas sobre os efeitos que a PEC 241 poderá trazer para toda população brasileira, em especial, os trabalhadores, que enfrentaram duras lutas para a conquista de direitos importantes, previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “ Estamos tentando conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre os perigos dessa PEC 55 que desqualifica as lutas passadas por direitos importantes e que vai afetar a grande maioria da população”, reiterou a professora.
O vereador reeleito Agnaldo Meira (PC do B), esteve presente durante a mobilização. O parlamentar municipal criticou a reforma do ensino médio, que prevê o fim da obrigatoriedade de disciplinas como educação física, artes, filosofia e sociologia e o aumento da carga horaria de 7 horas diárias. “O que será do futuro do nosso país se os secundaristas não tiverem acesso as disciplinas que ajudam a população a refletir sobre os problemas sociais? Queremos brasileiros com pensamentos críticos, para o nosso país crescer. Não admitimos que esse governo ilegítimo, arrebente com direitos conquistados com duras lutas”, afirmou Meira.
O presidente do Sindicato do Trabalhadores Rurais de Juazeiro, Emerson José da Silva, reiterou que as medidas do governo federal vão reduzir os direitos dos trabalhadores. “Não podemos perder o que já conquistamos. Estamos lutando para a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Há estudos que comprovaram que essa medida poderia gerar mais de 2 milhões de empregos no país, mas o governo federal quer aumentar a jornada, prejudicando o trabalhador”, disse.
REESTRUTURAÇÃO DO BB- Após a caminhada, os militantes seguiram para a praça Barão do Rio Branco e em protesto contra a reestruturação dos bancos, se posicionaram em frente ao Banco do Brasil. O plano de reestruturação do BB prevê a o fechamento 402 agências em todo o país, em 2017. De acordo com o vereador Agnaldo Meira, esse pode ser um caminho para privatização dos bancos que oferecem acesso ao crédito agrícola para os trabalhadores rurais.
EDUCAÇÃO - Para o professor universitário e representante da SINDUVASF e do Movimento Antirracista do Vale, Nilton de Almeida, esse tipo de movimento é importante para aproximar as pessoas e conscientizá-las sobre os efeitos da PEC para a educação e outros setores que serão diretamente atingidos. “ Se o salário fosse congelado por vinte dias, será que o cidadão iria aguentar? E por vinte meses? Imagina vinte anos. É uma vida!”, explicou professor.
OCUPAÇÃO- Em Juazeiro, a Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), encontram-se ocupadas, em protesto contra as medidas do governo federal. O Estudante universitário Carlos Tailan Bispo está participando do movimento de ocupação da UNEB. “ Nós iremos resistir. Essa luta é de todos nós. Serão vinte anos de retrocesso e está na hora de lutar pela educação e saúde que queremos”, afirmou.
A UNEB está ocupada há 40 dias e a ação faz parte da mobilização nacional, onde mais de 200 Universidades e Institutos Federais de todo país, além de 1200 escolas secundaristas, aderiram ao movimento de ocupação em protesto contra a PEC 241/55.
PARTICIPAÇÕES- O protesto também contou com a participação do levante popular da juventude; da União da Juventude Socialista (UJS); da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB); do Sindicato dos trabalhadores Rurais do Vale do São Francisco; da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado da Bahia (FETAG-BA); do Sindicato dos Trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado da Bahia (SINDAE); do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); da União Geral dos Trabalhadores (UGT); do Sindicato dos Frentistas (SIMPOSBA); do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINSERPE); do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil; do Sindicato dos trabalhadores terceirizados (SINDILIMP-BA); do Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias (SINTASE); do Sindicato dos bancários e da Federação dos Bancários Bahia e Pernambuco.
Ascom Agnaldo Meira
5 comentários
25 de Nov / 2016 às 23h05
E protestaram contra o rombo de 2 bilhões no FIES até 2015? Dinheiro que foi pra sindicatos, UNE, Blogs comunistas, contas de corruPTos e seus apoiadores?
25 de Nov / 2016 às 23h15
Brasilia ta cheia de bandidos. Se gritar pega ladrao nao fica um meu irmao. Eleicoes Diretas Ja. Bandidos nao pode votar para presidente.. O povo que deve escolher. Todos na Cadeia da Papuda
26 de Nov / 2016 às 05h26
OS ESTUDANTES QUE PARTICIPARAM,ESTARIAM DE FERIAS ? TRABALHADORES,PARADOS EM PLENA SEXTA-FEIRA,DIA NORMAL DE TRABALHO ? CONTA OUTRA VIU,O QUE VOCES QUEREM É ACABAR DE BAGUNÇAR O QUE JA BAGUNÇARAM DEMAIS.VÃO ESTUDAR,VÃO TRABALHAR,PORQUE DE VAGABUNDOS JA ESTAMOS DE SACO CHEIO !
26 de Nov / 2016 às 12h05
Vixe! Nunca ví tanta gente.
26 de Nov / 2016 às 14h43
Com essa quantidade de pessoas, não irão a lugar nenhum, cúmplices de bandidos, não terá apoio da população livre e honesta. Queremos sim o fim do imposto sindical, não vamos trabalhar para sustentar parasitas.