Busco tratar nos textos que junto as palavras, porque não sou escritor, nem Doutor no assunto, tudo que se refere ao cotidiano, sempre com bastante ênfase para a cidade que sou apaixonado e não precisa citar o nome dela porque todos sabem...
Algumas semanas atrás eu escrevi aqui com o titulo “A QUE NÍVEL CHEGAMOS” sobre a crueldade de alguém que amarrou uma cadelinha nos trilhos do Metrô na área metropolitana de uma grande cidade do Nordeste. Elogiei o Maquinista que, avistando o pobre animal, fez a façanha de reduzir a velocidade e frear quase em cima evitando que uma nuvem de sangue fizesse a felicidade de quem estava escondido nas moitas esperando a cena brutal... Citei a diferença entre o covarde algoz e o moço que se vê na foto libertando e retornando à vida aquele pobre animal.
Hoje, achei por bem escrever e postar algo totalmente oposto que é a imagem em segundo plano, onde se pode ver um senhor de ótima aparência acariciando com o coração partido seu animal de estimação que aí dorme para sempre, segundo suas próprias palavras: “Ontem perdi um companheiro fiel, leal, bom caráter. Bacco se foi de repente, enquanto brincava. Fica enterrado fundo no meu coração.” Este senhor é simplesmente um dos maiores jornalistas do País, respeitado e admirado e, tenho certeza, apaixonado pelo seu trabalho.
Em sua rede social ele compartilhou a imagem de quem sente a mesma dor que do lado de cá sentimos. Achamos comumente que os jornalistas são frios, tendo em vista conviverem, diariamente, com um grande volume de notícias ruins; mas, isso é ledo engano, pois eles são da mesma matéria prima como a nossa e a imagem da ilustração diz tudo...
Num mundo chamado sem lei por muitos, sem sentimento e outros adjetos que deixemos pra lá, você ver um jornalista todo muito bem vestido, cabisbaixo, ao lado do seu animal inerte conforme se ver na foto, nos dá um ânimo em poder acreditar que NEM TUDO ESTÁ PERDIDO...!!!
Nem tudo está perdido porque a aridez ainda não conseguiu sufocar grande parte do Ser Humano. Nem tudo está perdido porque ainda existem mãos que são estendidas para levantar ou ajudar a fazer a travessia. Nem tudo está perdido porque existem grupos organizados para salvar a natureza. Nem tudo está perdido, porque uma cena como essa que me motivou a mudar meu texto dessa semana, certamente conseguirá transformar a selva de pedra em que vivemos, num meio onde um aprisco suave faça toda a diferença nos tornando pessoas melhores, acolhedoras, edificadoras... Em outras palavras, pessoas do BEM.
Palavra final: Se alguém diz que o seu animal de estimação que partiu para sempre tinha bom caráter, é porque tinha sim! E ele mais do que ninguém sabe demais o que está dizendo...
Feliz semana, Juazeiro!
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
2 comentários
21 de Nov / 2016 às 15h26
Caro Acordadinho, a sua sensibilidade continua a se manifestar e a nos mostrar que no final do túnel ainda existe esperança, e uma certeza que, mesmo que muita coisa ruim esteja acontecendo, nem tudo está perdido, e nisso devemos acreditar...! Continue nessa convicção e transmitindo confiança em seus textos, que os seus leitores fidelizados estarão agradecidos.
22 de Nov / 2016 às 09h23
Jamais poderemos entender como existem pessoas com tal nível de maldade a ponto de agredir um animal indefeso, que apenas manifestam sua alegria ao se aproximar de nós. Esta atitude revela o quanto temos que aprender com estas criaturas, que na sua inocência nos ensinam a humildade. Temos muito a aprender com elas. Acord@adinho, este seu emocionante texto desperta nossa obrigação de protegermos estes pequenos seres. FOZ DO IGUAÇU-PR.