O diretor de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, concedeu, hoje (16/11), entrevista coletiva em Petrolina (PE), reunindo emissoras de rádios, TVs e blogs, para anunciar os testes de redução da vazão do Rio São Francisco de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 700m³/s, gradativamente.
A primeira etapa começa na segunda-feira (21), quando a vazão ficará para 750m³/s. A ação foi autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Ibama, com o objetivo de poupar água no Reservatório de Sobradinho para garantir a segurança hídrica do Nordeste. A redução de 750m³/s para 700 m³/s somente acontecerá após o monitoramento dos usos múltiplos da água no patamar de 750m³/s.
“O principal tema discutido atualmente é a segurança hídrica, para dar condições ao abastecimento humano e à produção de alimentos na região do São Francisco. O abastecimento energético está garantido por outras fontes”, destacou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.
Ele explicou que a diversificação da matriz energética e a transferência de energia de outras regiões pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) vêm assegurando menor dependência da energia gerada pelas águas do Rio São Francisco. Atualmente, 25% a demanda de energia elétrica do Nordeste está sendo atendida pela produção hidrelétrica da Região, outros 25% a partir de termelétrica, 30% por meio da energia eólica e 20% com transferência de energia do Norte e do Sudeste, através do Sistema Interligado Nacional – SIN. “Não há nenhum risco de desabastecimento ou racionamento”, disse Franklin.
Com a redução para 750m³/s e possibilidade de chegar a 700m³/s o Rio São Francisco alcança a menor vazão histórica, desde 1979, quando o Reservatório de Sobradinho foi inaugurado. “Essa seca prolongada mostrou a importância de Sobradinho para a regularização da vazão e para a garantia da segurança hídrica da Região. Caso não existisse a barragem, a situação estaria muito mais crítica para os usuários e vazões inferiores a 400 metros cúbicos por segundo teriam sido registradas nos anos de seca”, explicou o diretor de Operação da Chesf.
Ascom Chesf
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