O presidente Michel Temer reunirá nesta quarta-feira (16) senadores da base aliada em um jantar, no Palácio da Alvorada, para pedir apoio à votação do teto dos gastos públicos, no próximo dia 29. A medida é considerada fundamental para o ajuste das contas e o governo tenta acelerar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado. O Palácio do Planalto precisa do aval de no mínimo 49 dos 81 senadores para aprovar a PEC. Além de passar pelo plenário no dia 29, há um segundo turno de votação previsto para 13 de dezembro. A pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer disse que só enviará a proposta de reforma da Previdência ao Congresso quando for vencida esta etapa. Renan convenceu o presidente de que, se a reforma previdenciária chegar antes, poderá "contaminar" e até prejudicar a tramitação da PEC dos Gastos, que limita o aumento das despesas por 20 anos.
O calendário, porém, é considerado muito apertado, uma vez que o recesso parlamentar começa em 22 de dezembro. Diante desse quadro, o governo gostaria que a votação da PEC fosse antecipada. "Se puder adiantar, ficaremos satisfeitos", afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. A expectativa do Planalto é aprovar a PEC com no mínimo 60 votos, para demonstrar unidade da base aliada. "Sem essa medida, o País acaba de quebrar", disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). "Ou criamos uma nova expectativa para recuperar a economia e, em consequência, gerar emprego para 13 milhões de desempregados, ou a situação fica insustentável". Temer também promoveu encontros com deputados aliados, antes da votação da PEC na Câmara. "Estamos cortando na carne. Todo e qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a PEC do Teto não pode ser admitido", disse o presidente, em reunião com parlamentares, no Alvorada, em 9 de outubro. No dia 24, houve novo jantar com Temer, desta vez na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Questionado se a iniciativa de Renan Calheiros de criar uma Comissão Especial no Senado para fazer um pente-fino em supersalários também será tema do jantar desta quarta-feira, Geddel disse que "ninguém está impedido de falar sobre nada" no encontro. "É preciso parar de patrulhar o poder do Congresso de legislar. Isso é do jogo", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, numa referência à polêmica referente ao confronto entre os Poderes. "Não existe perseguição. O Judiciário é para julgar, o Congresso para legislar e o Executivo para governar", comentou Geddel, ao elogiar a intenção de Temer de também organizar jantares com integrantes do Judiciário e do Tribunal de Contas da União (TCU), nos próximos dias. Alvo da Operação Lava Jato, Renan está fazendo uma cruzada contra juízes, promotores e procuradores, embora diga não ter o objetivo de constranger os investigadores da força-tarefa. A comissão instalada no Senado tem a tarefa de levantar todos os vencimentos acima do teto de R$ 33.763, tanto no Executivo como no Legislativo e no Judiciário.
Estadão
6 comentários
16 de Nov / 2016 às 15h08
Saem os Mortadelas e entram os Caviar.
16 de Nov / 2016 às 15h29
SI REUNIR COM TODOS EM TROCA DE ALGUMA VANTAGEM PARA FERRAR COM O NOSSO PAIS COMO SEMPRE E O PIOR SÓ TIRA DO TRABALHADOR E DESSES MALAS NADA!!!!!!!!!!!
16 de Nov / 2016 às 15h42
NO FRIGIR DOS OVOS É COMPRA DE VOTO MESMO. SE QUEREMOS PASSAR NOSSO PAIS A LIMPO ,TEMOS QUE NOS RESPEITARMOS E NA PRÓXIMA ELEIÇÃO DARMOS UM CHACOALHADA NO GALINHEIRO DA CAMARÁ E SENADO, VOTANDO EM PESSOAS QUE TENHAM COMPROMISSO COM A ÉTICA E MORAL ...
16 de Nov / 2016 às 17h16
É JANTAR, É ALMOÇO... TUDO COM DINHEIRO PÚBLICO, PRA APROVAR LEI QUE VAI TIRAR DINHEIRO DO PÚBLICO (POBRE) PRA PASSAR PARA OS BANCOS.
17 de Nov / 2016 às 07h31
Desse jantar não participaria nem como convidado de honra. Além de caro, Ainda sairia igual a maguila em aula de etiqueta, Com fome e raiva.
17 de Nov / 2016 às 10h26
E de jantar em jantar o Brasil se afunda mais e mais...