Estão assegurados R$ 34 milhões do Governo Federal para a obra, que será executada pela Embasa e abastecerá 6,9 mil famílias em Lagoa Real e no distrito de Ibitira, em Rio do Antônio
Água tratada vai passar a chegar regularmente às torneiras de mais 28 mil moradores do semiárido baiano. O anúncio foi feito neste sábado (05) pela presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino, e pelo governador do estado, Rui Costa, durante a inauguração da segunda etapa do Sistema de Abastecimento de Água Integrado ao Sistema Adutor do Algodão (região de Guanambi) – também conhecido como Adutora do Algodão -, que resolve definitivamente o problema de fornecimento de água encanada para 34 mil habitantes da sede do município de Caetité e dos distritos de Maniaçu, Lagoa de Dentro e Lagoa de Fora.
A terceira etapa anunciada neste sábado é o seguimento da parceria entre os governos federal e estadual, com execução da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa): recursos federais de R$ 34 milhões já estão assegurados. As novas obras, que preveem 72 km de tubulação de adutora, vão iniciar em dois meses e levar água às torneiras de 6,9 mil famílias do município de Lagoa Real e do distrito de Ibitira, no município de Rio D’Antônio.
“O governo federal continua apoiando as importantes obras que garantem o desenvolvimento da região”, destacou a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, que representou o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, no evento de inauguração da segunda etapa da obra em Caetité. “Vamos manter a parceria com o governo estadual e com as administrações municipais, e também alavancar a revitalização do rio São Francisco por meio do Plano Novo Chico recentemente lançado pelo presidente da República - os estados da Bahia e de Minas Gerais são os principais produtores de água para o rio”, frisou.
Água para desenvolvimento
A etapa da Adutora do Algodão inaugurada neste sábado teve recursos federais de R$ 44,2 milhões repassados pela Codevasf e execução do Governo do Estado da Bahia por meio da Embasa. “Guanambi e Caetité sempre tiveram excelente potencial de desenvolvimento, mas a oferta de água era um forte limitador – tanto para a agricultura como para o comércio e a indústria. Sem água, uma região não se desenvolve. A água do rio São Francisco que chega agora às torneiras significa segurança hídrica, tanto para o abastecimento humano como para os negócios da região, para a geração de emprego e renda”, assinalou o governador Rui Costa.
O prefeito de Caetité, Zé Barreira, observou que a gravidade da escassez de água era tamanha que muitas pessoas chegaram a se mudar do município. “Com a seca, a falta de chuvas, passamos a ter racionamento - um problema seríssimo que agora está definitivamente sanado na sede municipal e em seu principal distrito”, celebrou. “Água é vida, desenvolvimento, crescimento”. A estrutura do sistema é formada por seis estações elevatórias, cinco caixas de passagens, três unidades de reservatório e cerca de 90,5 quilômetros de tubulação, entre adutoras e redes de distribuição.
“Com obras como essa, a Codevasf cumpre o seu papel de indutora do desenvolvimento regional na região das bacias hidrográficas”, comentou o superintendente regional da Codevasf, Harley Nascimento, que também esteve presente ao evento. Os secretários estaduais Josias Gomes (Relações Institucionais), Jerônimo Rodrigues (Desenvolvimento Rural), Cássio Peixoto (Infraestrutura Hídrica e Saneamento) e Vítor Bonfim (Agricultura) prestigiaram a inauguração da segunda etapa da Adutora do Algodão, ao lado de deputados estaduais, federais, do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo e da senadora Lídice da Mata e da diretora de Engenharia da Embasa, Rita de Cássia Sarmento Bonfim.
Qualidade e boa distribuição
Sidney Dias, geógrafo, morador do distrito de Maniaçu, em Caetité, comemora a chegada da água em casa. “Estávamos com um sistema precário e irregular. Agora, passaremos a ter água de qualidade, e que será bem distribuída para todas as residências”, nota. Sebastião Araújo, agente de trânsito de Lagoa de Dentro, conta que a família buscava água a 3 km em carros com bois e tambores de 500 litros. “Era muito sofrimento, sobretudo porque meus pais vivem da agricultura. A água veio em ótima hora”, garante.
A primeira etapa da Adutora do Algodão, em operação desde novembro de 2012, representou um investimento federal de cerca de R$ 136 milhões. Mais de 110 mil pessoas estão sendo beneficiadas pela primeira fase da obra nos municípios de Malhada, Iuiú, Palmas de Monte Alto, Candiba, Pindaí, Matina e Guanambi; nas localidades de Mutãs (Guanambi) e Pajeú do Vento (Caetité), além de outras localidades rurais situadas ao longo da área de influência do sistema.
Ascom
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