A ameaça da falta de água na torneira por conta dos períodos de estiagem está cada vez mais longe dos moradores de Caetité e outras localidades do sudoeste baiano. A segunda etapa da Adutora do Algodão, uma das maiores obras de infraestrutura hídrica do Estado, foi inaugurada neste sábado (5), pelo governador Rui Costa, e amplia a oferta de água para mais de 45 mil baianos que vivem na região. Também foram entregues um armazém para agricultores familiares, máquinas agrícolas, uma praça com academia da saúde e a pavimentação em ruas da cidade. Também participaram do evento os secretários estaduais de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Cassio Peixoto, de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues, e da Agricultura (Seagri), Vitor Bonfim.
Depois de visitar uma das estações elevatórias do sistema que traz a água do Rio São Francisco para a região, Rui Costa ressaltou que a segurança hídrica é o grande objetivo do empreendimento e recebe um reforço importante com essa inauguração. "O que muitos não acreditavam que acontecesse um dia nessa região, hoje nós estamos realizando. Estamos garantindo água, e água com qualidade. Algo caro, trabalhoso, mas absolutamente necessário para dar segurança hídrica para essa região. A vida humana e qualquer atividade precisam de água para acontecer".
Somente nesta etapa da adutora foram investidos R$ 32 milhões. A estrutura com sete estações elevatórias, três reservatórios e aproximadamente 90 quilômetros de tubulação adutora formam a primeira fase do Sistema Integrado de Abastecimento de Água Caetité/Maniaçu, levando água do Rio São Francisco para a sede de Caetité e os distritos de Maniaçu, Lagoa de Dentro, Lagoa de Fora e Morrinhos. O sistema tem capacidade ainda para atender às inúmeras localidades situadas ao longo da área de influência da adutora.
A continuidade da obra, com a construção da terceira fase da Adutora do Algodão foi anunciada pelo governador Rui Costa. A nova estrutura vai levar água de Caetité até Ibitira, com investimento previsto de R$ 35 milhões. O titular da SIHS destacou a importância da obra."Água é saúde e vida. Estamos cumprindo o que está na Constituição, a água é um direito de todos e buscamos garantir isso fielmente".
Há cerca de quatro anos, o município está sob regime preventivo de racionamento no abastecimento de água. Quem sentiu na pele essa realidade, como dona Aparecida Silveira, vive agora tempos de menos dificuldades com a oferta de água. "Antes dessa obra a água ficava até 20 dias sem chegar, agora a gente tem água direto. Não dava para limpar a casa, lavar roupas, mas hoje melhorou bastante, a gente precisa de água toda hora", ressaltou.
Com a nova realidade no abastecimento e a água chegando com frequência regular, é preciso cuidado com o uso racional da água, como chama atenção Newton Cotrim, um dos gerentes de obras da adutora. "Com a conclusão dessa obra conseguimos eliminar a necessidade de carros-pipa e racionamento em Caetité. Mas temos que lembrar que a água é um recurso cada vez mais difícil e estamos indo buscá-la muito longe e trazendo até a população". A Adutora do Algodão está sendo construída a partir de convênio entre o Governo da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e o Governo Federal, através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Urbanização e saúde
Além do reforço no abastecimento de água, os moradores de Caetité passam a contar com um novo espaço de lazer, no bairro Nossa Senhora da Paz, onde foi inaugurada uma praça equipada com uma Academia da Saúde. Melhorias também para quem mora nas ruas Tarquinho e Aroeira, que receberam pavimentação e drenagem.
Mais força no campo
Os agricultores familiares do Território do Sertão Produtivo receberam do governador oito tratores com implementos agrícolas que serão distribuídos entre associações comunitárias de Caetité, Guanambi, Ibiassucê, Palma do Monte Alto, Santa Maria da Vitória e Urandi. Também foi inaugurado um armazém territorial com capacidade de armazenamento de mais de 400 toneladas de produtos agrícolas. Equipamentos que modernizam o trabalho no campo e contribuem para agregar valor à produção de centenas de famílias.
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