Após a polêmica decisão que condenou a realização das vaquejadas no país, o Supremo Tribunal Federal (STF) está pronto para julgar uma outra ação que promete colocar em pólos opostos defensores dos animais e de tradições culturais brasileiras. Na semana passada, o ministro Marco Aurélio Mello liberou para decisão do plenário um processo que discute o sacrifício de animais em rituais religiosos de origem africana.
Caberá agora à presidente da Corte, Cármen Lúcia, marcar uma data para o julgamento, ainda sem previsão para ocorrer. Na ação, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) busca derrubar trecho de uma lei gaúcha que livra de punição por maus tratos a animais cultos e liturgias das religiões de matriz africana que praticam sacrifícios, como o candomblé.
O que dizem a Constituição e as leis sobre maus tratos a animais?
A lei foi aprovada em 2004 pela Assembleia Legislativa do estado com 32 votos a favor dois contrários. Na época, o autor da proposta, deputado Edson Portilho (PT-RS), argumentou que vários praticantes e sacerdotes estavam sendo processados após os cultos. O Ministério Público tentou derrubar a exceção dada às religiões africanas junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), mas teve o pedido negado. O órgão, então, recorreu ao STF em 2006, para tentar novamente derrubar esse trecho da lei, que permanece em vigor.
A decisão a ser tomada pela Corte valerá apenas para o Rio Grande do Sul, mas como será proferida pela mais alta Corte do país, poderá criar um entendimento que influencie outros tribunais de instâncias inferiores. No Brasil, é considerado crime, com pena de prisão de três meses a um ano, os maus tratos a animais, que podem consistir em atos de abuso, como ferir ou mutilar espécies silvestres, domésticas, nativas ou exóticas.
G1
4 comentários
07 de Nov / 2016 às 07h18
POIS É,VAQUEJADA SEM AURORIZAÇÃO POR ESCRITO DAS VACAS,É AGRESSÃO COVARDE À ANIMAL INDEFESO.
07 de Nov / 2016 às 07h18
POIS É,VAQUEJADA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DAS VACAS,É AGRESSÃO COVARDE À ANIMAL INDEFESO.
07 de Nov / 2016 às 14h22
Essa ação (das vaquejadas e agora o dos sacrifícios de animais) foram colocadas em pauta e votada (a da vaquejada) bem rapidinho, mas tem processo no STF contra o bandido do Renan Calheiros que está lá há quase 1 ano, e nenhum dos ministros de lá se propõem a analisar com tanto afinco. É o Brasil!
08 de Nov / 2016 às 10h34
Tem sempre alguém para desviar as falcatruas da vida e os escolhidos desta vez foram os vaqueiros. Quem será o próximo?