Um trabalho desenvolvido há vinte anos pelo auxiliar de manutenção Ricardo Souza Santos, está mudado o destino de muitos meninos e adolescentes que residem em bairros periféricos de Juazeiro (BA). Através de uma escolinha de futebol, ele tem procurado repassar aos estudantes noções de companheirismo, responsabilidade, respeito ao próximo e principalmente a si mesmos e à família.
Ricardo trabalha no clube campestre da Associação dos Empregados da Codevasf (ASSEMCO), localizada no bairro de Piranga, da qual participam funcionários da 6ª superintendência regional da Codevasf em Juazeiro.
Ele possui o nível médio incompleto, mas é chamado de professor pela maioria dos 60 alunos que frequentam os treinamentos realizados duas vezes por semana no clube, e também aos sábados e domingos, em um campinho de terra nas proximidades do bairro de Piranga.
A idade dos meninos varia entre 10 a 18 anos, e eles são divididos por categorias, de onde são selecionadas equipes para jogarem partidas amistosas em localidades do interior e até em outros municípios.
Aos 37 anos, o professor Ricardo afirma que quando menino havia conhecido o mundo das drogas, do qual conseguiu sair, e por não querer que outros jovens seguissem pelo mesmo caminho, resolver realizar este trabalho, começando sua escolinha com um sobrinho, uma menina e o próprio filho.
Com o passar do tempo, a iniciativa recebeu o apoio das comunidades dos bairros Argemiro, Malhada da Areia, Codevasf, Piranga e Piranga I e II, Jardim Flórida e Bairro da Penha. Para Ricardo, a participação dos pais é muito importante, pois somente através do apoio deles é que a escolinha está sobrevivendo.
Ele afirma que "chegamos a ter aqui 70 meninos frequentando a escolinha, mas atualmente só 60 permaneceram. Alguns ainda são das primeiras turmas, e também nos ajudam". Ricardo conta ainda com o apoio de um amigo, o auxiliar de pedreiro Malta José Feitosa da Silva.
Sobre o trabalho que realiza, ele esclarece que os meninos são selecionados entre os que têm boas notas na escola, e através de acompanhamento dos pais, eles são convidados a participarem dos treinos. Se o desempenho escolar cair, os estudantes são afastados do grupo, até que se recuperem.
Ascom Codevasf
2 comentários
01 de Nov / 2016 às 19h39
AO INVÉS DE SE GASTAR DINHEIRO COM O FUTEBOL PROFISSIONAL,DEVER-SE-IA USAR ESTE DINHEIRO COM O ESPORTE AMADOR,COM ATENÇÃO ESPECIAL A ESTE TIPO DE TRABALHO,FUTEBOL INFANTO JUVENIL,MERITÓRIO EM TUDO E POR TUDO.QUANTOS 'DANIEIS ALVES',NÃO ESTARIAM EM MEIO A ESTES GAROTOS A ESPERA DE SEREM DESCOBERTOS E LAPIDADOS ? PARABENS RICARDO,PELO TEU TRABALHO,É ISTO QUE AJUDA A FAZER DO NOSSO BRASIL,VERDE E AMARELO,UM PAIS MELHOR E MAIS JUSTO.
03 de Nov / 2016 às 07h01
CABRA BOM !!! FAZ A GENTE ACREDITAR NA HUMANIDADE. DIGNISSIMO, RECEBA UM GRANDE ABRAÇO.