"Sem abelha, sem alimento", esse foi o tema da programação do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) especialmente realizada em virtude da 13ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016 (SNCT), cujo tema foi "Ciência alimentando o Brasil", sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC). O evento aconteceu durante os dias 17 a 21 no auditório do Museu de Fauna da Caatinga, localizado no Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) em Petrolina, sertão pernambucano.
A Semana foi promovida em todo o Brasil e mobilizou diversas instituições estaduais e municipais, agências de fomento, espaços científico-culturais, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, escolas, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil. No Cemafauna, o público pôde conferir palestras a respeito da importância da conservação das mais de três mil espécies de abelhas existentes no país e o seu importante serviço no ecossistema, porque polinizam não apenas as culturas agrícolas como também plantas silvestres e ainda 'fabricam' produtos como mel, mel de melato, pólen, geleia real, própolis e cera.
Para a estudante Mirla Arimateia, do 8º ano do Colégio da Polícia Militar de Juazeiro-BA, a palestra lhe revelou informações que até então desconhecia como o fato de diversos alimentos de consumo humano serem possíveis graças a polinização realizada pelas abelhas. "Foi muito bom vir aqui e ter essa palestra sobre as abelhas. Eu não sabia que só existem três mil espécies de abelhas no Brasil, que algumas correm risco de extinção nos Estados Unidos e que elas produzem cera, própolis e pólen", afirmou Mirla. Segundo o professor que acompanha a turma, Lázaro Costa, trazer os alunos ao Cemafauna foi uma maneira de proporcionar aos alunos uma aula diferente, ver algumas coisas na prática. "Estamos tão carente de ver coisas na prática, ter momentos de aprendizagem diferente do habitual realizado dentro da sala de aula. Com certeza, essa palestra ampliou os horizontes deles", disse.
Estudantes, professores e profissionais que visitaram o Centro durante os dias 17 a 21 desse mês tiveram a oportunidade de ver de perto alguns produtos gerados pela atividade ecossistêmica desses insetos, além de conferir uma colmeia ativa da espécie mandaçaia e também outras espécies taxidermizadas que fazem parte da coleção científica do Museu de Fauna da Caatinga.
Os ministrantes das palestras foram Taynara Sales, Rannison Sampaio, Emille Guerra e Uirã Alexandre, todos estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e estagiários do Laboratório de Entomologia do Centro, sob orientação da coordenadora da instituição, professora Patricia Nicola e pela pesquisadora/colaboradora Aline Andrade, que se dedica ao estudo nas áreas de Ecologia comportamental, química e genética de abelhas Euglossini.
Ascom/Cemafauna
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