“Nem toda a maldade humana está em quem porta fuzil...” (Arlindo Cruz).
PERVERSIDADE: “Maldade, malignidade, daquilo que é perverso, barbaridade, atrocidade, crueldade, improbidade, truculência...”
Se a tal 241 é tudo isso acima não sei, só sei muito bem, que o Povo está pra lá de virado para não dizer outra coisa, com essa invenção que surgiu do nada para tolher e aumentar as dificuldades dos mais pobres, e daqueles que estavam sonhando com algo melhor com a mudança que fizeram da forma que quiseram, pois antes mesmo do veredicto final o mundo todo já sabia que a mulher seria despachada...
Logo de inicio vamos começar falando das vantagens que eles têm e nós não. Ela, por exemplo, só não vai ter casa, comida e roupa lavada, mas uma boa mesada e um staff para suas necessidades disso já está usufruindo... Mas é só ela? Não... Outros que já saíram pela porta da frente ou dos fundos, gozam dos mesmos privilégios pagos pelo modesto cidadão que rala, rola, se lasca, e se acaba para ganhar seu mínimo tostão...
Que deixaram só o “oco e os caburés cantando dentro” isso é latente e patente! Mas, quem deixou? Quem meteu a mão? Quem enganou as pessoas com migalhas e encheu o bolso e as contas no exterior? Garanto que só não foi aquele trabalhador guerreiro, que acorda altas horas das madrugadas para tomar três ônibus até chegar onde ganha seu pão... Por ele eu coloco minhas duas mãos no fogo sem medo algum! Só não foi o enfermo que geme nos leitos dos hospitais pela falta de um simples analgésico e daqui não ouvimos sua dor... Só não foi o estudante destemido que quer chegar lá e eles não querem deixar...!!! Só não foram os 18.000 concursados de um respeitado Banco Estatal agora ameaçados de demissão...
É certo que não entendo nada de Economia a não ser aquela famosa regra que nossos pais nos ensinaram: “só coloque a mão onde o chapéu alcança.” Entendo mesmo é de gente com quem convivo todos os dias a caminho do trabalho, nos pontos de ônibus, barquinhas, nas filas dos Bancos, nos mercados da cidade, onde ouço e aprendo com a melhor de todas as sabedorias que é a popular... E aonde quer que eu esteja a queixa é uma só, falando dessa PEC perversa...
Quando o grande escriba das 23:00h nas noites de domingo, levantou questão na semana passada sobre esse assunto, comentei no seu Artigo, de pronto discordando da forma como aplicaram a 241 no povo. Ou seja, discordei com a tal reunião festiva deles com eles mesmos, tudo para combinar como seria o AMÉM no dia seguinte. A pergunta que ninguém respondeu até agora: Quanto aquilo custou? E quem pagou? Em outras palavras, se aquilo fosse algo realmente sério um cafezinho e uma água bastavam...
Enquanto escrevia ainda lembrei algo oportuno para mostrar que essa 241 tomara não se torne uma 171, para tirar do mais carente, subtrair direitos conquistados, exaurir ao fundo do poço benefícios adquiridos há anos e anos...
Enquanto isso aquele senhor bem penteado, maior mandatário do País, se aposentou aos 55 anos e ganha 30 mil mais uma bolada pelo cargo atual que ocupa. Some-se a ele uma figura palaciana que ocupa cargo de confiança e se aposentou aos 53 anos ganhando 19 mil... Aquele baiano gordinho que também está vivendo na doce sombra do Planalto se aposentou aos 51 anos recebendo seus 20 mil... Até aquele senhor falante que já foi Presidente, e um dia disse que “só vagabundo se aposenta antes dos 50 anos”, esquecendo que se aposentou aos 37 apareceu por lá para bater palmas contra o Povo...
Ou seja, governam para si, querem aposentadoria para as pessoas comuns somente aos 65 anos, e não cortam um centavo sequer das suas dádivas... Ao contrário, recebem polpudas aposentadorias e ganham pelos cargos ora exercidos, faturando dobrado...!!!
Agora, deixando a ironia de lado, alguém acredita que nessa PEC tem mais bondade ou perversidade? A ilustração diz tudo...
Palavra final: Toma jeito Brasil!
Feliz semana, Juazeiro!
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
4 comentários
24 de Oct / 2016 às 15h14
Talvez seja uma maquete do antigo AI 5, meu caro ACORDADINHO, para a gente da velha guarda se lembrar do antigo Regime Militar, golpe de 1964. Falam-se: em golpe militar, mas tinha muitos civis graúdos envolvidos, sem esquecer de grande parte dos generais e coronéis da Igreja Católica, com o lema: "Pátria, Propriedade e Família", com medo do comunismo ser implantado no Brasil, de forma formal, boatos criados pelos norte americanos, para governar o Brasil, junto com os golpistas, através daquele símbolo de mãos dadas, conhecido por: ALIANÇA PARA O PROGRESSO.
24 de Oct / 2016 às 16h18
Caro amigo, imaginei que fosse me opor duramente ao seu tema, mas, na verdade, a sua linha de pensamento está colocada de maneira incontestável, focando-o com muita segurança e equilíbrio. Bem lembrada a citação deles que se aposentaram e faturam hoje dobrado. Tenho visto nos comentários dos analistas em geral, uma quase unanimidade em concordar que é preciso estabelecer limites aos gastos públicos, visto que aqueles que saíram deixaram só o “oco e os caburés cantando dentro isso é latente e patente”, como afirma você no seu texto!
24 de Oct / 2016 às 18h54
Se vc não sabe, ou seja, não conhece o Projeto de Emenda a Constituição-241, então não tem como emitir juízo de valor. Conheça o conteúdo para assim ter condições de argumentar em tese o que é prejuízo na sua concepção para o povo brasileiro, ou não. Se vc já conhece então cite algum artigo ou parágrafo, inciso que vc julga trazer prejuízos relevantes para a nossa economia. Alias no começo vc já disse desconhecer, então, boatos não convencem ninguém. Entre aumentar impostos e políticas de austeridade, impondo limite de gastos, fico com limite de gastos do governo. Os cortes são necessários.
24 de Oct / 2016 às 20h00
O que estamos vivenciando é apenas o reflexo de anos de péssima gestão publica. Aumento extraordinário da divida pública e da inflação, desemprego recorde e uma corrupção desenfreada. E você tem razão, Acord@adinho, será a PEC da perversidade pois seu reflexo recairá sobre os mais pobres, mas o país precisa retornar aos trilhos. O remédio é doloroso, mas necessário. Aprendemos que ninguém pode viver eternamente de empréstimos e apenas direitos constitucionais. Deveres são necessários, e para a manutenção de um partido no poder foi criada a ilusão que a bonança seria eterna.FOZ DO IGUAÇU