Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda-feira, 10, o deputado estadual Odacy Amorim, PT, registrou seu apoio e solidariedade aos estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) que paralisaram as atividades neste início de semana por tempo indeterminado. O motivo é a perda de direitos para que possam dar continuidade aos estudos como os auxílios permanência, moradia e transporte, além do funcionamento do restaurante universitário, assegurados para a instituição somente até o meio do ano que vem, conforme relataram os universitários ao parlamentar.
“Sou solidário com os alunos da Univasf e eles contem comigo nessa caminhada. Também aos jovens estudantes do Brasil e de Pernambuco, porque o meu compromisso é com o futuro e o futuro é de todos”, ressaltou Odacy Amorim. O parlamentar disse que a greve dos estudantes da Univasf tem entre os motivos a ameaça a garantia de direitos como os auxílios permanência, moradia e auxílio transporte, além do restaurante universitário, itens esse que tem seus direitos assegurados somente até metade de 2017.
“Esses alunos que fazem parte da mais bela universidade do semiárido brasileiro, entraram em greve por se sentiram ameaçados nos seus direitos, mas que a gente possa defender os jovens, sonhadores, principalmente os mais pobres que tiveram uma oportunidade de chegar a uma universidade, que estão chegando nas escolas técnicas federais e outras, não terem o seu direitos assegurados”, acrescentou o deputado.
Odacy ponderou que foi falado sobre investimentos para Petrolina durante a sessão e é isso e importante, mas é fundamental que nesse momento de ameaça dos seus direitos do povo brasileiro que “a gente possa levantar a voz quando se vê aqui servidores atrás dos seus direitos assegurados”.
O deputado teceu ainda críticas à PEC 241 que vai congelar investimentos no país e áreas como educação, saúde e programas sociais, poderão sofrer perdas. A PEC foi votada sem nenhuma discussão com a sociedade.
“Foi votada de uma forma brusca, imposta. Que se tem necessidade de fazer ajuste no país que se faça ajuste, mas muito cuidado para não querer tirar primeiro a coberta dos mais humildes. Por que não tributar as grandes fortunas do Brasil, por que não começar os ajustes desse país, tributando quem mais ganha. Não é querendo tirar o direito de propriedade de ninguém nem desrespeitar o direitos dos grandes empresários, dos grandes investidores que são importantes na geração de empregos, mas o que se ver no Brasil é de apetar primeiro as classes mais humilde e a classe média”, salientou.
Para Odacy é importante que os parlamentares tenham juízo e não só dê a vontade de agradar um governo que chega de uma forma estranha na presidência, derrubando um governo que foi eleito pelo voto do povo.
“Agora chega na ânsia de atropelar direitos, de impor condições sem primeiro discutir com a sociedade. É preciso que a gente entenda esses grandes investimentos, que chegue a geração de emprego que aumente a oferta de trabalho no Brasil, mas cuidado para não se falar em gerar novos empregos, tirando os sonhos e os projetos de quem com tanta dificuldade chegou ao mercado de consumo”, declarou.
"De repente o Brasil que avançou na última década, se ver ameaçado a voltar nos seus direitos e ter aí uma imposição de um retrocesso. Vai precisar de mais 20 ou 30 anos para poder recuperar os seus direitos. Vamos estar atentos a essa PEC 241, porque uma sociedade boa, tem que ter lugar para pequeno, médio e grande e não é essa historinha de qualquer probleminha, apertar primeiro a quem mais precisa”, finalizou o deputado Odacy Amorim.
ASCOM
4 comentários
11 de Oct / 2016 às 13h07
Cai fora petista. Quebraram o país e agora quer dar uma de bonzinho. Vai catar lata... Ou melhor, vai catar jegue na estrada.
11 de Oct / 2016 às 18h30
"Saúde e educação estão protegidas" O Palácio do Planalto acaba de divulgar um vídeo em que Mansueto Almeida, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, defende a PEC do Teto e desmonta a mentira petista de que a proposta vai congelar os gastos com saúde e educação. (O Antagonista)
11 de Oct / 2016 às 18h38
O PT queria "congelar" os gastos... A hipocrisia petista: uma reportagem da Folha, publicada em janeiro deste ano, destacou que Nelson Barbosa , então ministro da Fazenda de Dilma defendeu em reunião do chamado Conselhão a "definição de um teto para gastos da União". Barbosa sugeriu, à época, "estabelecer margem fiscal legal para acomodar flutuações de receita".
11 de Oct / 2016 às 18h56
Há um teto global, e, dentro deste teto geral, é que se conjugará o orçamento de maneira a que saúde e educação, que são valores fundamentais no nosso sistema no presente momento e talvez por muitos anos ainda, não terão uma redução dessas verbas”, disse o presidente da República.