DCE FAZ RESUMO DO PRIMEIRO DIA DE OCUPAÇÃO DA UNIVASF

Ocupamos nesta segunda, 10/10/16, três campi (Petrolina Centro, Ciências Agrárias e Juazeiro) da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Tivemos apoio de estudantes, diretórios e centros acadêmicos, professores, técnicos e terceirizados.

Ainda durante a manhã, realizamos uma reunião com a participação das/dos estudantes dos três campi e tivemos um diagnóstico das conquistas obtidas com a movimentação estudantil e fizemos uma contextualização de como os últimos cortes anunciados afetam a assistência estudantil e o funcionamento da universidade.

A série de ataques aos direitos sociais impacta diretamente a nossa universidade. 10 milhões de reais da verba de custeio foram cortados. Perdemos 828 vagas de auxilio permanência, 515 de auxílio moradia, 60 de auxílio transporte, 380 vagas de bolsa permanência, 24 vagas de moradia estudantil, bolsas do PIBIC (programa institucional de bolsas de iniciação científica) foram cortadas e existe o risco de perdermos políticas estruturantes como os ônibus intercampi e o subsídio do restaurante universitário.

Na reunião da Câmara de Assistência Estudantil (CAE), dia 08/10, foi apresentado as/os estudantes a preocupante quadro orçamentário da universidade diante dos cortes, apontando que além dos preocupantes retrocessos na assistência estudantil, os cortes ameaçam o funcionamento da universidade, apontando para a possibilidade de suspensão de calendário a partir do mês de julho.

Diante desse cenário preocupante, AS/OS ESTUDANTES DEFLAGRARAM GREVE ESTUDANTIL, COM A MAIORIA ABSOLUTA VOTANDO A FAVOR DA DELIBERAÇÃO.

À tarde nos reunimos novamente e consensuamos algumas coisas: a divisão de comissões, reuniões diárias de avaliação da greve com caráter deliberativo, participação na assembleia docente do SINDUNIVASF e reunião com o vice-reitor, Télio Nobre, sobre as pautas da nossa greve estudantil e tentarmos construir soluções que tragam ganhos para além da pauta orçamentária.

Também pedimos ajuda estrutural, com a doação de alimentos (sucos, frutas, pães e biscoitos) e o desprendimentos dos alunos que possam se inserir nas comissões de estrutura, coordenação, comunicação e mobilização, além de dedicar algum tempo a nossa ocupação.

Convidamos todas e todos a se somarem à nossa mobilização, entendendo a assistência estudantil como direito e que os cortes impactam diretamente não apenas na nossa permanência, mas no funcionamento da universidade. Não retrocedemos diante da política de cortes nos nossos direitos! Nenhum direito a menos!

ASCOM DCE UNIVASF