Começou nesta terça-feira (06), a greve dos bancos públicos e privados de Juazeiro e Região, muitas agências bancárias pararam de funcionar por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Juazeiro, existem 12 unidades de atendimento no município, onde trabalham 250 bancários. Em todo o Brasil foram 7.359 unidades bancárias fechadas, número 17,7% maior que o ano passado.
Trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Nordeste e demais bancos, parte do setor que mais lucra no Brasil, deram uma mostra da sua disposição de luta e arrancaram dos bancos uma nova rodada de negociação que será realizada na próxima sexta-feira 9, às 11h, em São Paulo. A greve segue firme na quinta, 8/9.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Juazeiro, Maribaldes da Purificação, destacou que durante as negociações anteriores o que se oferece são perdas nos salários, menos emprego, saúde e segurança. "Somente com a greve, os bancários conseguem aumento e novas conquistas e direitos. Bancários de todo o País estão só se defendendo do ataque dos bancos. Estamos falando de um setor econômico que não tem crise e recebe bilhões por ano".
Os cinco maiores bancos do País – Banco do Brasil Caixa, Santander, Itaú e Bradesco – lucraram em 2015, R$ 60 bilhões. Esses mesmos bancos, só no primeiro semestre de 2016, lucraram R$ 30 bilhões. E apesar dos altos lucros, os bancos, de 2012 a 2015, destruíram 33 mil postos de trabalho, reduziram o saldo de emprego e a remuneração média. Eles não demitiram, mas extinguiram os postos de trabalho, apesar do lucro bilionário. Além disso, ofereceram como reajuste aos bancários uma proposta indecente de 6,5% que sequer repõe a inflação do período.
Ascom/SEEB Juazeiro
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