ESCOLA NOTA 10: Escola municipal de Juazeiro (BA) usa criatividade para reduzir número de faltosos

O primeiro mês de aula deste ano na Escola Municipal Professora Maria José Lima, localizada no bairro João Paulo II, em Juazeiro (BA), foi alarmante para o quadro de profissionais. Isso porque foi detectado um alto número de faltas injustificadas na instituição. Para reverter a situação, a equipe gestora elaborou um projeto que foi abraçado pelos professores e rendeu resultados positivos.

De acordo com a gestora Wilza Miranda, esse tipo de ausência é aquele ocasionado pela falta de interesse do aluno em ir para escola, não por doença ou outro contratempo. Para tentar melhorar a assiduidade, a ideia proposta foi a de criar uma premiação, cujos critérios são: fazer todas as lições de casa e frequentar todas as aulas. “Entregamos mensalmente medalhas feitas de papel para os alunos que atingem a meta. Além disso, tiramos fotos dos premiados do mês de cada turma, fixamos no mural da escola e publicamos na nossa página na internet, para que a comunidade também participe”, explica a gestora.

Ainda segundo Wilza Miranda, no final do ano será realizado um ato solene, com a presença de pais, professores e alunos, para a entrega de uma premiação surpresa aos que conquistarem o maior número de medalhas. “É uma forma de estimular a criança e os resultados estão sendo visíveis. Na unidade passada, por exemplo, tivemos mais de mil faltas, já nesta apenas 380”, afirma a gestora. Ela diz ainda que a escola tem aproximadamente 580 alunos matriculados do 1° ao 5° ano.

O professor Lourival Júnior conta que, na sala de aula, sente seus alunos empolgados com a expectativa de ganhar brindes. “No primeiro mês de medalhas só dois dos meus alunos da receberam, depois foi aumentando. Hoje temos quase 100% de presença. Além das medalhas de papel, eu também dou brindes aos alunos que atingiram a meta, mas são prêmios simbólicos, como chocolates e canetas”, relata.

Jonatas Rodrigues é estudante do 5º ano na Escola Municipal Professora Maria José Lima. Ele diz que gosta de estudar e ir para escola, mas que se sentiu mais estimulado para assistir aula depois que começou a corrida pelas medalhas. “Já ganhei cinco e quero mais, porque quero muito receber o prêmio no fim do ano”, anseia o garoto.