O volume de água da barragem de Barragem de Sobradinho no Norte da Bahia tem caído vertiginosamente nos últimos meses e já está causando problemas no abastecimento de água, especialmente nas comunidades que usam as águas do rio São Francisco para consumo ou projetos de agricultura irrigada.
Os pivôs centrais que irrigam as grandes propriedades estão sendo desligados e há possibilidade do fornecimento de energia elétrica ser afetado se o volume continuar caindo muito. O reservatório da usina opera hoje com 19% de sua capacidade máxima e pode chegar a menos de 5% no fim de novembro, conforme as projeções feitas pelas autoridades da área energética.
Desde março, o volume de água que entra na represa tem ficado abaixo das quantidades já bastante críticas verificadas em 2015. Por causa disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a vazão de Sobradinho, que atualmente libera apenas 800 metros cúbicos por segundo de água para o curso do rio São Francisco. Em circunstâncias normais, o fluxo é de 1.300 m³/s.
Organizações ambientais e o comitê da bacia hidrográfica do São Francisco dizem que a operação prolongada de Sobradinho com vazões reduzidas traz o risco de salinização no rio, já que ele ficaria sem força suficiente para conter o avanço das águas do mar.
Terceiro maior lago artificial do planeta, com 4,2 mil quilômetros de área alagada, Sobradinho tem como uma de suas funções a regularização do volume de água que corre no Velho Chico.
Sobradinho contribui com 1,1 mil megawatts (MW) de capacidade instalada no fornecimento de energia elétrica, e a baixa vazão prejudica a geração da usina, mas a ONS descarta problemas e afirma que a geração de energia eólica já têm suprido quase metade da demanda no Nordeste e pode-se aumentar a transferência de outras regiões. Com informações do Valor Econômico
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