Os pais e mães do passado ensinavam o seguinte: nem que apanhe, nem que morra, mas fale a verdade... Não sei a quanto anda essa forma de educação nos dias atuais, sei, apenas, que um desvirtuamento da verdade está a caminho, essa é a sensação que tive, quando vi essa figura que me chamou a atenção. Senti, de pronto, a vontade de fazer a seguinte comparação:
VERDADE DURA é aquela que dói. Tipo assim: uma certa pessoa passa por uma situação extrema na vida, e busca aquele amigo-irmão de todas as sextas-feiras, quando em hora marcada se encontram para tomar aquela “sagrada”... A resposta é taxativa: Sinto muito, mas, essa crise me deixou na lona. O que posso fazer por você é emprestar meu ombro no nosso próximo encontro...
VERDADE DURA é também aquela que é dita sem a mínima forma de complacência, muito menos de entender o que o outro está vivenciando, assim como não escolhe nem dia nem hora para ser bem dita e explícita...
OUTRA VERDADE DURA é aquela constatada após as 17:00 horas daquele dia eleitoral, quando sua importância foi transferida para aquele ou aquela tal, e o pior de tudo isso, é não saber o que vão fazer com sua confiança total, se rimou não foi proposital. Agora, que é uma verdade dura, isso ninguém pode negar, ao menos para quem a cabeça não funciona legal...!!!
Temos mais exemplos, mas esses nos bastam...
MENTIRAS CONFORTÁVEIS essas são fáceis. Nessa época estão aí aos montes, montando e desmontando todos os mais variados quebra-cabeças, dizendo e prometendo mundos e fundos, às vezes jurando que se não for possível dar o mundo todo, vai lhe dar nem que seja uma banda, e você ainda crê piamente...
MENTIRAS CONFORTÁVEIS são, também, aquelas prometidas e não cumpridas, que inventam e não sustentam; criam uma linda situação, enfeitada e manipulada, e para todos os efeitos, tudo é perfeito não importa se está bem ou mal feito...
Tem ainda aquelas MENTIRAS CONFORTÁVEIS que “fazem” pobres ficarem milionários da noite para o dia, desempregados arrumados para o resto da vida, enganações mil de uma forma travestida de verdade, que termina, muitas vezes, se dando bem uma, duas, três vezes e nesse caso a culpa não é de quem mente, mas de quem consente... Essa é uma realidade, desculpe, pela sinceridade!
Outras formas de MENTIRAS CONFORTÁVEIS? Tem sim, olha só o que encontrei numa pesquisa que fiz: “A amiga pergunta se está gorda e, mesmo estando, você responde que não. Você deixa de atender um telefonema e horas mais tarde diz que não estava próximo ao celular e não o viu tocar. Ou atende a ligação dizendo que está a caminho, mas nem saiu de casa! O filho pede um brinquedo, você não tem dinheiro e diz que vai comprar outro dia, ainda que este dia não chegue nunca. Você chega atrasado ao trabalho e alega que pegou engarrafamento. Odeia o presente que ganhou, mas diz que achou lindo...”
Palavra final: As definições para as famosas chapas eleitorais ou eleitoreiras estão chegando ao final até o dia 05.08.2016. Preparem-se, porque no lugar de VERDADES DURAS você ouvirá as mais doces MENTIRAS CONFORTÁVEIS e depois todos sabem o resultado...
Então O QUE VOCÊ PREFERE?
Feliz semana, Juazeiro!
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
2 comentários
01 de Aug / 2016 às 17h36
Bem interessante a maneira como você discorreu sobre as VERDADES DURAS e as MENTIRAS CONFORTÁVEIS, principalmente a analogia com certas atitudes no mundo político para iludir o sempre crédulo eleitor. Sem a pretensão de querer estimular ou incentivar o comportamento das pessoas, contudo, sou levado a admitir que há momentos na vida, principalmente naqueles em que se impõe a transmissão de notícias trágicas ou que trazem dor e sofrimento, em que geralmente se usa o “conforto de uma mentirinha” para amenizar e chegar até a VERDADE DURA! (Salvador-BA).
02 de Aug / 2016 às 09h25
Certamente a maioria das pessoas desconhece o fato de que mentir não depende do alcance, mas sim do ato em si. E você colocou esta questão usando um termo muito marcante, "MENTIRAS CONFORTÁVEIS", que se estendem a todos em todas as idades e condições. E principalmente a relação que você efetuou com o horário eleitoral das 17 horas, chamando de "VERDADE DURA". Realmente. Acord@adinho, esta transposição entre a mentira e a verdade é muito tênue. E você colocou isto de forma contundente. E a sua pergunta final só pode ser respondida com a sinceridade que infelizmente anda muito a desejar entre os brasileiros. Que se acostumaram com o conforto a todo custo, mesmo significando abraçar a mentira. Como é usual no sistema político brasileiro.FOZ DO IGUAÇU-PR.