Quatro terreiros de Juazeiro, no território Sertão do São Francisco, servem de exemplos como espaços religiosos cruciais à preservação da cultura atrelada às religiões de matriz africana. Com o objetivo de pensar meios de resguardar esses locais e combater a intolerância religiosa na Bahia, integrantes do Conselho Estadual de Cultura estiveram com lideranças religiosas e ouviram relatos de violência e as tentativas de reduzir o preconceito.
Foram visitados os terreiros Ilê Asé Ayra Onyndancor, Ilê Asé Ominkayodé, Ilê Abasy de Oiá Guenã e o Bandalê Congo, todos situados no bairro do Kidé. O encontro aconteceu em 17 de junho, um dia depois de o Conselho Estadual de Cultura realizar Sessão Plenária no Espaço Cultural João Gilberto, evento que reuniu agentes culturais, artistas e dirigentes de cultura em torno de um debate centrado nos impactos da crise econômica e política na gestão da Cultura.
"É preciso buscar meios de ajudar os povos de terreiro na preservação das práticas culturais coletivas advindas da matriz religiosa afrobrasileira. Por isso, é importante pensar alternativas para colaborar na instrução dessas comunidades a respeito dos aspectos legais de proteção, como o registro especial, tombamento e outras políticas públicas de proteção, a exemplo das áreas de rota cultural e paisagística (PCP), regularização fundiária, dentre outros", afirmou a conselheira Ana Vaneska, presidenta da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Conselho Estadual de Cultura. Estiveram também presentes os conselheiros Nilo Trindade, DJ Branco e Ary da Mata.
Ascom CEC / Foto Mariana Campos
1 comentário
30 de Jun / 2016 às 18h18
Além de ser crime. Cada um deve respeitar a religião do outro. Está no código penal;