"Para a Cultura, o contexto político atual é de incertezas, insegurança e indefinições", afirmou o gestor cultural Pedro Vasconcellos, ex-diretor de políticas culturais do Ministério da Cultura (MinC). Ele esteve na última quinta-feira, 16, em Juazeiro, no território Sertão do São Francisco, como palestrante na Sessão Plenária do Conselho Estadual de Cultura.
O evento, realizado no Centro de Cultura João Gilberto, contou com a presença de agentes culturais, artistas e dirigentes de cultura, além de integrantes do Conselho Estadual de Cultura. Intitulada "Políticas culturais em tempo de exceção: o que muda após a ruptura democrática", a palestra de Vasconcellos foi centrada no contexto político nacional e seus impactos à gestão cultural construída no Brasil ao longo da última década.
Além de apresentar um apanhado dos avanços das políticas públicas de cultura, Vasconcellos reafirmou a ideia de ilegitimidade do governo interino de Michel Temer e seu conjunto de ministérios. No caso do Ministério da Cultura, o gestor cultural lembrou a extinção da pasta logo após Temer assumir a presidência interinamente. Em seguida, após pressão social e política, o ministério foi recriado, porém, sem um processo de diálogo e plano de ação definido.
Um exemplo é a criação de uma secretaria que confunde demandas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quanto às suas propostas. "Percebemos que se trata de uma secretaria criada para tirar prerrogativas do Iphan e facilitar o mercado imobiliário nas cidades históricas", lamentou.
Vasconcelos fez um apelo aos agentes e dirigentes culturais para valorização das políticas públicas de cultura construídas desde que o MinC foi criado há três décadas no Brasil. "O que construímos é referência para o mundo. Temos que lutar pelo avanço das nossas políticas públicas de cultura construídas através do diálogo. Existe uma tentativa do governo atual, aliado à grande imprensa, de criminalização da cultura. Precisamos enfrentar com altivez a situação do país, que é de autoritarismo e totalitarismo político", completou.
1 comentário
19 de Jun / 2016 às 12h10
Golpistas odeia democracia, odeia cultura, odeia povo, odeia debates, odeia os divergentes, odeia pobres, odeia Blog, odeia liberdade de imprensa. FORA CANALHAS, Fora Mixel Temeroso, Fora Cunha Fora Corruptos