Em resposta à publicação dia passado (01) neste blog sobre as declarações da mãe da garota Beatriz Angélica, Lúcia Mota, que desabafou nas redes sociais por meio de um vídeo fazendo uma série de cobranças ao Colégio Auxiliadora, local onde aconteceu o assassinato de Beatriz, dia 10 de dezembro de 2015, e a ausência de respostas por parte dos organismos de segurança de Pernambuco, a direção do estabelecimento de ensino enviou a seguinte nota:
O colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Petrolina reforça, junto à comunidade do Vale do São Francisco e especialmente a família da ex-aluna Beatriz Mota, o seu comprometimento com a busca por justiça e punição do criminoso ou criminosos que ceifaram a vida da criança numa ação brutal e desumana. Contudo, em respeito aos alunos, funcionários e toda sociedade, a unidade escolar se vale do seu direito de ampla defesa para esclarecer algumas informações que circulam nas mídias sociais e veículos de comunicação com acusações contundentes sobre a instituição, corroboradas pela apresentação de documentos que compõem o inquérito policial que investiga o caso.
No dia 10 de dezembro de 2015 foi realizado na unidade de ensino um evento acadêmico que marcou o encerramento do ano letivo de turmas do 3° ano do ensino médio. Na ocasião 192 alunos participaram da solenidade que teve início às 19h20 e encerrou-se às 22h30. O ato é uma atividade do calendário letivo da instituição e acontece há quase uma década, seguindo um rito que se repete anualmente. A organização da cerimônia, intitulada Aula da Saudade, estima que cerca de 1500 pessoas prestigiaram o evento. O ato aconteceu nas dependências da escola e eventos desta natureza dispensam a presença de Polícia Militar ou órgãos de segurança pública. O deslocamento de agentes da PM para policiamento em eventos particulares impacta na cobertura de segurança em regiões vulneráveis e pode ser caracterizado como desvio de finalidade. Naquela noite atuavam na segurança funcionários da instituição e profissionais da empresa de vigilância contratada pela unidade de ensino.
Licença Corpo de Bombeiros
Acerca da liberação do Corpo de Bombeiros, é importante destacar que até o ano de 2015 o colégio recebeu a anuência do órgão. Porém, com modificações na legislação que rege sobre as normas de segurança e prevenção contra incêndios, foram realizadas inspeções na escola que indicaram adequações que deveriam ser feitas na unidade para se ajustar as novas diretrizes. Em setembro de 2015 o projeto com as devidas redefinições foi apresentado e protocolado junto ao batalhão de Petrolina, que até o momento não expediu o parecer favorável ou improcedente.
Alvará
O Colégio Auxiliadora foi acusado equivocadamente de ter cometido prática de sonegação de imposto, o que é uma informação falaciosa, uma vez que o alvará de funcionamento, expedido pela Prefeitura de Petrolina, não se enquadra como imposto, mas uma autorização de exercício de uma atividade aberta ao público. Por se tratar de uma entidade filantrópica e imune, a escola é isenta de impostos e tributos, pagando um valor fixo, anualmente, para a renovação do Alvará.
Atitudes que violam os valores, sustentados pela identidade e conduta religiosa são inadmissíveis e a postura que norteia a instituição é de honrar as leis, respeitando todos os processos e regimentos exigidos.
Ameaças e atentados
No vídeo que está sendo divulgado amplamente, questiona-se sobre a existência de atentados e ameaças contra a escola, neste sentido pontua-se que no mês de agosto vândalos invadiram a unidade de ensino e atearam fogo no depósito de materiais esportivos. Na ocasião foi registrado um boletim de ocorrência, relatando o fato e solicitando investigação policial para apurar suas motivações.
Posteriormente, no mês de outubro, uma ação semelhante foi contida por funcionários do Colégio, quando foram detidos dois ex-alunos tentando invadir a escola. Uma nova ocorrência foi aberta pela instituição, denunciando as ações e mais uma vez solicitando averiguações. Até o momento não foram apresentadas conclusões sobre o inquérito policial.
Ao longo dos 90 anos de história o colégio preserva valores que são imutáveis, como a fé, ética, respeito e compromisso com ensino e com a sociedade. Em um momento de comoção e de clamor por justiça, como o vivenciado, a escola entende que dever haver união e discernimento entre todos que estão imbuídos neste mesmo sentimento. Assim como os pais, amigos, familiares e toda a sociedade, é desejo do colégio que este crime seja elucidado o mais breve possível e para isto está empenhando todos os esforços para contribuir com as autoridades responsáveis pela investigação.
13 comentários
02 de Jun / 2016 às 21h19
Essa escola é misteriosa, se for averiguar vai sair é coisa, tenho pavô de passar na calçada, existem até túneis... Essa entidade era pra tá fechada até elucidar o caso da garota Beatriz isso sim!!!!
03 de Jun / 2016 às 08h28
Eu vejo cada comentário idiota! Pavor é esse terrorismo que estão fazendo com o Colégio. Tudo bem que houve vacilo na questão, é claro que o Colégio tem suas responsabilidades, mas daí a esculhambar, achincalhar o Colégio é o cúmulo do absurdo. Um crime desse poderia ter acontecido em qualquer outro lugar, inclusive poderia ter acontecido numa confraternização na casa da família e aí, a família deveria ter contratado empresa de segurança, solicitado uma equipe da Policia Militar e guarda municipal?
03 de Jun / 2016 às 09h27
Falta a escola um certo jeito, de lhe dar com situação como essa. Falta inteligência emocional da escola, o que é estranho. A nota é fria, muito técnica: dizer que é "desvio de finalidade" chamar policia. A escola parece não saber lhe dar com emoções e com trato com serhumano. Falta calor, carinho, compromisso, zelo. Parecem tratar com frieza os país da vitima, o que é uma tremenda desumanidade. Falta diálogo, aproximação com os familiares, envolvimento. Isso é muito triste e estranho. Qual será a cultura da escola ao lhe dar com seus alunos? Também é com frieza, com distanciamento?
03 de Jun / 2016 às 10h04
Verdade Maria, a escola errou, se não ofereceu segurança suficiente para o evento, que como diz a matéria, era realizado há 10 anos, assim como erraram os pais, funcionários e professores, que poderiam ter percebido também que a segurança não era suficiente. Infelizmente foi um crime bárbaro contra uma anjo que chocou a todos nós e somente com a descoberta do assassino ou assassinos, poderemos de fato descobrir os motivos para a escolha do colégio como local do crime e da Beatriz como vítima. Espero que a justiça consiga nos dar uma resposta para tal brutalidade.
03 de Jun / 2016 às 11h32
Maria,se eu fosse vc ficaria calado pq não esta doendo em vc,vc tem familia ?,se talvez fosse em sua familia vc não fazia esse tipo de comentário.
03 de Jun / 2016 às 11h33
Maria,se eu fosse vc ficaria calado pq não esta doendo em vc,vc tem familia ?,se talvez fosse em sua familia vc não fazia esse tipo de comentário.
03 de Jun / 2016 às 13h59
Mais absurdo que o crime são pessoas que fazem piadas dizendo que poderia acontecer em qualquer lugar. Crime nenhum pode ser encarado como pode acontecer em qualquer lugar. A policia tá ai é pra ser convocada sim. Quando a mãe da Beatriz fala que deveria ter policias, ela não tá falando que a policia toda deveria está toda lá , e sim a presença de de uma equipe. A escola fala em desvio de finalidade convocar a presença da polícia, o que é outro absurdo, um evento com tantas pessoas tem que chamar a polícia sim. Eu repudio todo e qualquer comentário que minimiza a situação da escola. Tem muita coisa por trás de tudo isso. A escola é de uma irresponsabilidade imensa. Queria ver se fosse o (a) filho (a) de quem diz que pode acontecer em qualquer lugar, se estaria minimizando a situação, e estaria nessa tranquilidade toda. Esta escola precisa esclarecer por que tanto marasmo.
03 de Jun / 2016 às 14h39
Como é mesmo? Desvio de finalidade chamar a polícia para trazer segurança a 1.500 pessoas. Deus nos socorra de tamanha barbaridade. Colégio Auxiliadora vocês perderam a oportunidade de ficar calado, que absurdo dizer que é desvio de finalidade. Quanta irresponsabilidade e descaso com a vida de seus alunos. População acorda!!!!!!!!!!!! Essa escola só está pensando no seu status na sociedade. Chega!!!!!!!! A vida não pode ser tratada como algo insignificante.
03 de Jun / 2016 às 14h49
Essa escola demonstra está tão distante dos familiares. É muito perceptível diante de toda a sociedade. Por que colégio Maria Auxiliadora vcs nos passam uma imagem de tanta frieza? Essa criança foi morta por pessoas que tinham acesso a escola. Outro ponto , é o fato de que a criança foi porque quem a chamou tinha acesso a escola. Isso é muito claro. Estamos com vcs FAMÍLIA DE BEATRIZ. Não vamos sossegar enquanto não aparecer os culpados
03 de Jun / 2016 às 16h16
Esse crime tem haver com alguma seita, as pessoas ou, a pessoa que fez isso, são adoradores do demônio. Desde os tempo medieval,o mal sempre predominou dentro das Igrejas. Quem não acredita, é só pesquisar.
03 de Jun / 2016 às 16h28
Jully, sua opinião é um direito seu, o que não quer dizer que seja a opinião correta. Enquanto a policia não identificar e prender o autor ou autores e esclarecer o crime, ficar acusando A, B ou C não leva a nada. Os motivos só serão revelados quando o crime for desvendado. O evento era realizado há 10 anos pela escola, numa confraternização de familiares e alunos, diga-se de passagem, e nunca havia acontecido nenhum tipo de crime. Não seriam todos os presentes suspeitos? Porque cobrar respostas e jogar pedras somente em uma instituição que há mais de 50 anos presta serviço educacional na região? Porque não cobrar ação da policia civil? da Secretaria de Segurança Pública do Estado? Dos policiais que não isolaram corretamente á área no momento do crime? Porque não foram percebidos os erros de segurança, inclusive por pais e profissionais da instituição nos anos anteriores? "Talvez" tivesse evitado o crime. Será? Até o momento todas perguntas são sem respostas. Perdemos uma vida de uma criança linda e inocente, os pais estão sofrendo muito com a perda da filha e sem as respostas do crime. Entendemos e nos solidarizamos com os desabafos dos pais neste momento de dor, mas vamos ser responsáveis, inclusive nas opiniões para que não prejudiquemos mais ninguém. Vamos cobrar das autoridades e punir os culpados, independente de quem sejam,
03 de Jun / 2016 às 20h39
Flávio é difícil imaginar que uma festa que comporta 1.500 seja realizada sem a segurança da polícia.Isso é irresponsabilidade sim, e nesse caso da.escola. Ninguém vai nos locais procurando saber se tem policiamento ou não no local, por que estas situações de risco devem ser analisadas por quem é de direito, e aqui no caso é a administração da escola. Com certeza quem praticou o crime viu a fragilidade como o evento acontecia nestes 10 anos. Psicopata analisa tudo muito bem antes de agir. A escola ocupa um quarteirão inteiro e não tinha câmeras nos locais de risco. Isso é irresponsabilidade sim. Não sei o que vc é da escola, mas é uma pena ver declarações assim. Porém é um direito seu.
26 de Apr / 2024 às 22h49
Coloca nome dos ex alunos aí !! Colégio tá protegendo gente grande