A data de 31 de maio é lembrada como “Dia Mundial Sem Tabaco”, desde 1987 pela Organização Mundial de Saúde – órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Este ano, a campanha do Ministério da Saúde propõe uma reflexão sobre os malefícios do fumo e a padronização das embalagens de cigarros e correlatos, como forma de inibir o consumo.
O tabagismo é a principal causa de morte evitável do mundo, de acordo com a OMS. No Brasil, estima-se que aproximadamente 22 milhões de pessoas fazem o uso do tabaco. O fumo mata seis milhões de seres humanos por ano, 600 mil deles fumantes passivos, ou seja, atingidos involuntariamente pela fumaça expelida pelos viciados. O mais grave é que 31% das mortes atribuídas ao fumo passivo ocorrem em crianças.
A fumaça dos cigarros contém 4,7 mil substâncias tóxicas. Somente no alcatrão há 40 compostos cancerígenos. A nicotina, a droga psicoativa do tabaco, causadora da dependência, aumenta a liberação das chamadas catecolaminas, como a adrenalina, noradrenalina e dopamina. Essas substâncias químicas contraem os vasos sanguíneos aceleram a frequência cardíaca e, assim, são causadoras de hipertensão arterial.
O monóxido de carbono (CO) – também presente no cigarro – ao entrar em contato com a hemoglobina do sangue, reduz a oxigenação, podendo provocar doenças como a aterosclerose, que obstrui os vasos sanguíneos, causando infarto e outros problemas cardiovasculares. Isto ocorre porque o CO e outros componentes do cigarro facilitam a instalação de um quadro inflamatório geral no organismo – uma condição que está por trás do desenvolvimento de muitas enfermiadades, dentre elas a própria aterosclerose. O tabagismo tem relação com mais de 50 doenças. O vício é responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% por câncer de pulmão, 25% por doença do coração, 85% por bronquite e enfisema e 25% por derrame cerebral.
Por ano, são gastos pelo governo cerca de R$ 20 bilhões para tratar doenças provocadas pelo tabagismo. Se a epidemia não for contida, causará a morte de oito milhões de pessoas a cada ano até 2030. O tabagismo é um vício difícil de ser largado, mas o benefício da decisão vai além da economia. O que está em jogo é a saúde. Fumantes que querem largar o vício devem procurar ajuda especializada. Com o auxílio do médico, as chances de abandonar o cigarro de vez aumentam consideravelmente e a experiência fica bem menos desgastante. A Unidade Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) dispõe de pneumologista e exames que podem avaliar os riscos decorrentes do uso prolongado do cigarro. Para ter acesso ao serviço, o interessado deve buscar o encaminhamento através do Posto de Saúde do seu bairro.
APAE
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