Os 37 milhões de brasileiros que nas últimas eleições optaram por ninguém – brancos, nulos e abstenções - terão a companhia de muitos outros brasileiros nas próximas eleições.
Hegel, em sua obra "Filosofia da História", dizia que a história só acontecia acima do Equador, já que ao sul os povos eram incapazes de inventar o Estado, para ele a criação suprema do espirito humano.
Temos um Estado, mas, dois séculos depois, temos ainda que lhe dar alguma razão.
O Brasil de 2016 revela-se instável, com instituições pusilânimes e um parlamento que se assemelha à um presídio de segurança máxima. Joga fora sua credibilidade – se é que tinha – para demandar espaços nas instituições internacionais como o Conselho de Segurança da ONU. Virou piada até na mídia conservadora internacional. Como disse um embaixador brasileiro na França no século passado – frase falsamente atribuída a De Gaulle -, "esse não é um país sério".
Essa semana desce a rampa a confiança no voto, nos meios pacíficos para resolver os problemas de uma nação, na justiça e na democracia. Por consequência, sobe nosso desencanto com a política e a democracia.
Como disse um insuspeito deputado, agora afastado: " Que Deus tenha misericórdia dessa nação".
Por Roberto Malvezzi (Gogó)
7 comentários
09 de May / 2016 às 23h57
Vai perder a boquinha, neném! Impeachment é democracia, e quem desce a rampa é a quadrilha do PT. Tu é cego, é?
10 de May / 2016 às 05h58
Rapaz vai cuidar do rio que VC sabe fazer muito bem e para de ta defendendo ladrão,parece até que mama no governo
10 de May / 2016 às 07h35
Da próxima vez, vê se avisa os corações valentes a não se aliar a qualquer um pra conseguir o poder a qualquer custo viu?!
10 de May / 2016 às 08h29
O Cunha, Temer e Bolsonaro sao honesto, nunca abriu conta na Suíça com 500 milhões de dolares. Nunca roubaram, nunca trairam e nunca fez nada de errado.
10 de May / 2016 às 09h16
É verdade Malvezzi,aumenta o desencanto com a política e a "DEMOCRACIA", estou começando a ficar com saudades da intervenção militar, já que a política está sob o comando de bandidos. Entretanto assim como as eleições, o impeachment, também, é um ato democrático. Que nas próximas eleições a "sociedade (des)organizada" - Igreja, sindicatos, movimentos populares e sociais-, não inventem salvadores da pátria corruptos e manhosos.
10 de May / 2016 às 11h01
Bela reflexão, caro Malvezzi, com relação ao desempenho de nossos parlamentares! Temos alguns competentes, mas uma maioria de "Trapalhões" que brinca com o futuro do país e coloca a nação no rol dos deboches e das charges da imprensa internacional. Tudo isso culpa de um governo débil e fracassado que nos levou a esse triste momento!
12 de May / 2016 às 11h32
Aqui é democracia, ainda bem que não é a ditadura de maduro e turma do bolivarianismo...