Artigo: NENHUM MINUTO DE SILÊNCIO À LGBTFOBIA

"A cada uma hora um sujeito LGBT sofre algum tipo de violência no Brasil", conforme informações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, divulgadas em 2014. Essa realidade não está distante do cotidiano dos cidadãos juazeirenses e petrolinenses. Exemplo disso, foi a violência vivida pelo jovem e estudante Anderson Veloso, estudante da Univasf – Universidade Federal do Vale do São Francisco, no último sábado (30 de abril), em Petrolina – PE.

Anderson foi sequestrado e agredido covardemente por três desconhecidos, apenas por ser homossexual, e nas redes sociais desabafou da violência que sofreu: "os gritos de 'vou te matar viado', 'vai embora de Petrolina, viadinho' e tantos outros ainda ecoam dentro de mim e eu sei que eles permanecerão ainda por muito tempo. Todavia, mesmo diante disso tudo, eu não me silenciarei. A minha dor não será apenas mais uma dor... eu digo: não foi em vão".

Compreendemos que a LGBTfobia mata, destrói, segrega e institucionaliza a marginalização de seres humanos, julgando valores a partir da orientação sexual de cada sujeito. Repudiamos veemente qualquer tipo de violência e acreditamos que é possível dá um basta a tudo isso, criminalizando legalmente a homofobia e mais, construindo uma série de políticas que garantam igualdade de direitos a todas e todos.

O caso do jovem Anderson não é isolado e o Estado vem negligenciando a violência e permitindo que ela cresça, assim como, o não acesso à educação e ao mercado de trabalho por travestis e transexuais. O que deveria ser um direito, torna-se um campo minado, vencido apenas com resistência e ousadia.

Dizer não a violência institucional e a exclusão social é nosso papel. Pensando nisso, denunciar, repudiar, enfrentar e pautar a construção de uma sociedade igualitária em direitos é uma tarefa política que o movimento LGBT, junto a outras organizações do campo e da cidade, vem cumprindo com louvor.

Essa voz que ecoa nas ruas precisa ser ouvida e as autoridades responsáveis precisam cumprir o seu papel em apurar e prender os criminosos. A LGBTfobia é crime e não podemos ficar em silêncio.

Somamo-nos a luta contra a violência e colocamos o nosso mandato a disposição daqueles e daquelas que acreditam que é possível construir uma sociedade igualitária e fraterna.

Vereador Justiniano Felix