Confesso, não era esse meu tema dessa semana. Assunto não falta, já tinha juntado as palavras para aqueles fatos do momento que tomam conta de Brasília, do Brasil e do mundo, e até já tinha, esboçado outro, mas, quando vi essa imagem que ilustra esse texto, mudei de ideia imediatamente...
Mudei de ideia e corri aqui para me associar a tantas vozes que estão ecoando nas redes sociais a respeito da notificação dada a esse pai de família para desocupar aquele espaço que utiliza há mais de 22 anos em frente a um renomado Colégio, segundo contam, centenas de testemunhas todas elas com conhecimento de causa, inclusive, bem mais que eu...
Da minha parte, tenho um testemunho pessoal ao passar por ali, ainda que seja apressado por motivo de trabalho: Sempre vejo esse cidadão atendendo aquela garotada com atenção, paciência, serenidade e respeito acima de tudo... Um dia até parei para ficar
observando a convivência dele com sua clientela, até porque gosto mesmo é de contar aquilo que meus olhos veem...
Esse senhor merece melhor atenção e muito respeito pelo seu trabalho, pela sua forma de ganhar seu pão, e acima de tudo pela sua simplicidade de atender a todos que estudam naquele Colégio... “Seu” João deveria ser reconhecido e não notificado. Deveria ser condecorado e não cobrado. Deveria mesmo ser homenageado e não excluído...
Ninguém aqui está discordando de Código disso ou daquilo, nem de postura, nem de compostura, estou querendo dizer que, como esse senhor, tem País a fora pessoas que ganham a vida assim como ele, que inclusive cresceram e até se tornaram Palestrantes, dentre eles um já esteve em dona Petrolina por ocasião do aniversário de um Colégio, há alguns anos atrás...
O que se pode constatar com tal ação é, como sempre, ser mais fácil atacar os pequenos. Como sempre ser mais cômodo perseguir os mais fracos, e assim, como nunca há 22 anos, estamos diante de tamanha falta de sensibilidade... Mas enquanto isso, lá daquela Capital do planalto central, só chegam noticias sobre o rombo contra a Nação, diferente e sem comparação com o trabalho de “Seu” João... E ainda deu rima...!!!
Quando na semana passada foi publicado o texto A DURA ALEGRIA DA INFORMALIDADE, não sabia que na semana seguinte ia me deparar com tanta atrocidade voltada contra um trabalhador, que faz do seu minúsculo comércio um meio MAIÚSCULO de viver com dignidade...
Palavra final: Para ilustrar mais ainda essas palavras seguem alguns dos milhares de comentários que até agora foram publicados nas redes sociais da Região: 1. “Fui aluna do colégio por 15 anos... E seu João fez parte da minha vida esse tempo todo! Ele era muito mais do que o cara da pipoca”. 2. “Não estou há muito tempo aqui nesta cidade, mas desde que aqui cheguei minhas filhas estudam no (...) e sempre falam de João com
carinho, acho que não tem um aluno que fale mal, então deixem João FICAR.” 3. “Chocada com essa notícia. Lamentável.” 4. “Meu caro amigo João, sempre honesto e bacana, cresci no (...) comprando garrafinha ali, não podemos deixar que façam isso a ele.”
Então, como diz um comentário acima: deixem o João FICAR!
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
9 comentários
18 de Apr / 2016 às 15h35
Ô meu Deus tanto que comprei em seu João, cadê a caridade tão mencionada no dom bosco!!!
18 de Apr / 2016 às 15h45
Já trabalhei no Dom Bosco, e conheço esse senhor. As informações que me passaram é de que a retirada dele foi ideia da nova diretoria comunista, que está assumindo a escola. Isso mesmo. Não vou detalhar mais, mas para encerrar, informo que essa nova direção vai adotar o Sistema COC, que dissemina as idéias comunistas. Veja detalhes em http://www.escolasempartido.org/caso-coc. Outras coisas estão acontecendo nesta escola, mas não me cabe citar aqui. Com a palavra os pais.
18 de Apr / 2016 às 16h05
Pra quem conhece, tudo bem, mas pra quem não fica difícil saber quem é esse senhor, não tem uma referência, não citou o endereço, ai é complicado. Seu João tem que ficar, mas tem que saber onde...
18 de Apr / 2016 às 16h18
Você, Acord@dinho, não me surpreende com esse tipo de abordagem, porque você demonstra ser um cara preocupado com tudo que está à sua volta: praças, ruas, limpeza pública, saúde, educação, gente, etc. Essa é uma qualidade importante pois demonstra sensibilidade e sentimento com as pessoas. Olha que o "Seu" João guarda correlação direta com o tema "Informalidade" que você abordou na crônica anterior. Espero que a Prefeitura encontre uma solução pra o ponto comercial dele, porque até na foto da ilustração ele demonstra ser um cara simpático.
18 de Apr / 2016 às 17h21
Por que tem que ser assim?? Seu João é uma simpatia. Com pouco anos estudando no colégio, quando em vez comprando garrafinha, raspadinha em seu João, meu filho foi conquistado pela simplicidade e atenção desse homem, trabalhador, pai de família. merecedor de continuar em meio aos alunos que com certeza sentirão sua falta. Deixem o João FICAR!!
18 de Apr / 2016 às 19h04
AO COMENTÁRIO SOLIDADRIEDADE E A TODOS QUE POSSAM INTERESSAR: O PEQUENO COMÉRCIO DO "SEU" JOÃO, FICA NA PORTA DE UM TRADICIONAL COLÉGIO NO CENTRO DA CIDADE DE PETROLINA, PERNAMBUCO.
18 de Apr / 2016 às 23h14
"Seu João" faz parte da história do colégio..faz parte da história do meu filho(aluno) ,afinal são 22 anos ocupando o mesmo espaço todos os dias.."espaço tão pequeno" mas "de tamanha grandeza" pois é dele que garante o sustento de sua família..chega tão cedo por ali e só vai embora quando se vão os "pequenos"..."pequenos que se tornaram jovens,adultos" e que muitos já não estão mais ali..mas todos tem na memória viva a" história de Seu João" história de homem simples, trabalhador que cativa a todos pelo seu jeito simples de ser.."Seu João" faz parte dessa "História" e "História não se expulsa da vida de tantas outras "Histórias" ainda mais quando é tão presente..."Seu João" merece respeito.."Seu João" merece ficar.
19 de Apr / 2016 às 06h31
Nãda contra o Sr João,nada contra seu comercio,mas,cade o respeito dele pela Faixa de Pedestres ?
19 de Apr / 2016 às 11h34
Parabéns, meu amigo, pela solidariedade a um homem honesto e trabalhador; demonstra nobreza de coração, que pouco se vê, hoje em dia. Um abraço.