De acordo com matéria publicada pelo Jornal “Folha de São Paulo” o PT e o governo já planejam uma campanha nacional de coleta de assinaturas em apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para convocar novas eleições, caso o Congresso aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia, que até agora era cogitada apenas em conversas reservadas, passou a ser defendida abertamente por aliados próximos à petista, publicou o UOL.
"Se o impeachment de fato for decretado, (se) passar pelo Senado, nós vamos defender eleições gerais, porque não reconhecemos no vice-presidente (Michel Temer) condições morais e jurídicas para vir a presidir o Brasil. O caminho para isso é apresentar uma PEC com amplo apoio popular, recolher milhões de assinaturas", afirmou o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais articuladores da reação anti-impeachment. "Eu vou defender isso dentro do PT e acredito que o PT vai defender também. Nós vamos conviver com um golpe? Não. Assim como não convivemos com a ditadura."
De acordo com a matéria do UOL a tese é corroborada por ministros palacianos e ganha adeptos entre aliados de Dilma. Na quarta-feira, em conversa com jornalistas, a presidente admitiu "respeitar" uma proposta alternativa que passe pelo voto popular.
As poucas divergências são quanto ao momento em que a campanha deveria ser deflagrada. Alguns petistas defendem que seja logo após a votação na Câmara, em caso de derrota do governo. Eles apostam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai "esfriar" a disputa quando o impeachment chegar a suas mãos e retardar o processo, o que daria tempo para a coleta de assinaturas.
1 comentário
17 de Apr / 2016 às 11h20
- Depois de bilhões roubados do povo brasileiro, a casa caiu. É fim de festa, hora de arrumar as malas e levantar acampamento. Com ou sem pedalada, com ou sem créditos suplementares sem autorização do Congresso, no mínimo a Dilma fez de conta que não estava vendo a tempestade de corrupção que acontecia bem debaixo de seu nariz, desde os tempos do Lula. Os pixulecos cobrados pelo PT e que enricaram suas maiores lideranças, eram obrigatórios para quem quisesse conseguir contratos com a Petrobras. O que Dilma fez ou deixou de fazer são só pequenos detalhes, o que importa na verdade é que o impeachment, ao invés de golpe, serve de exemplo para que futuros ladrões não se atrevam a enveredar pelo mesmo caminho e é uma punição ao grupo que mais roubou na história desse país.