A menos de duas semanas da data estimada para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara, 261 deputados afirmaram ao Estado que votariam a favor da abertura do procedimento e 117 se posicionaram contra. Nove não quiseram se manifestar, 55 disseram estar indecisos ou preferiam esperar a orientação partidária e 71 integrantes de 15 siglas não foram localizados.
Para a abertura do processo de impeachment na Câmara são necessários 2/3 do plenário: 342 votos. Para arquivar o processo o governo precisa do apoio de 171 deputados, entre votos a favor, faltas e abstenções. Entre os que querem o impeachment já se fala em estender a sessão, que deve ocorrer até o dia 15, se não houver recurso do governo, até o domingo. O objetivo é atrair mais atenção da população para uma batalha que os números mostram estar acirrada e ainda em aberto.
Nos últimos quatro dias, o Estado provocou deputados individualmente para que, de maneira informal e com a opção de que os nomes poderiam ficar em sigilo, expusessem como se posicionariam se a votação fosse no dia da entrevista. A consulta se concentrou nos partidos que não fazem parte do núcleo duro do governo (PT e PC do B) nem da oposição (PSDB, DEM, PPS e SD). "Uma consulta agora pode trazer a fotografia do momento, mas se as mesmas perguntas forem feitas na semana que vem, o resultado talvez seja diferente. Este processo será decidido às vésperas da votação", disse o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), ele mesmo declaradamente favorável ao impeachment.
A consulta aos deputados começou na quarta-feira, dia seguinte ao anúncio de desembarque do PMDB do governo, e se estendeu até a tarde de ontem, por telefone. Na bancada do partido do vice-presidente Michel Temer, que conta com 67 deputados, 34 disseram que votariam pela abertura do processo, 5 revelaram ser contra, 11 afirmaram não ter posição formada e 17 não foram localizados.
Entre os que são contra a abertura do processo do impeachment estão o líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ) - responsável pela negociação que resultou na nomeação dos ministros Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) -, e Zé Augusto Nalin (RJ). Dono de uma rede de shoppings centers, Nalin era suplente de Pansera e virou deputado em outubro passado, quando o titular assumiu a pasta.
As entrevistas foram realizadas na semana em que o governo, nas palavras de mais de um deputado de oposição, abriu o "balcão de negócios", oferecendo abertamente cargos e ministérios a parlamentares e partidos em troca de votos na sessão que decidirá a abertura ou não do processo de impeachment. Legendas que estiveram na mira do governo nesta semana, como o PR, PP, PSD, PRB e PTN tiveram comportamentos semelhantes.
Apesar de lideranças negociarem troca de uma maior participação no governo por apoio, o levantamento registrava alto índice de deputados favoráveis ao impeachment. Em partidos como PP e PR, as reuniões para definir uma posição oficial sobre o impeachment só ocorrem às vésperas da votação.
No plenário, deputados do PTN ainda discutiam como reagir diante das ofertas do Planalto. Ainda perto, um deputado de outra sigla nanica reclamava que nunca antes havia sido convidado para cerimônia ou conversa organizada pela gestão Dilma.
Enquanto avançava na negociação com o governo para assumir o Ministério da Saúde, o maior orçamento da Esplanada, deputados do PP, dono da terceira maior bancada, declaravam que era urgente a saída da presidente. Muitos deles disseram que não mudariam de posição caso o partido assuma o controle de um ministério. A sigla já controla o Ministério de Integração Nacional. Dos 42 parlamentares do PP consultados, 24 disseram que votariam pela abertura do processo, 8 afirmaram ser contra e 10 falaram estar indecisos.
O PR, que hoje comanda o Ministério dos Transportes, negocia herdar a pasta de Minas e Energia, por ora loteada ao PMDB. O partido tem uma bancada de 40 deputados. Dos 26 provocados, 16 disseram que vão votar sim para o impeachment, 4 são contra e 6 preferem esperar posicionamento do partido.
UOL
11 comentários
03 de Apr / 2016 às 11h15
Olha que ironia do destino ou será mera coincidência? O Governo de Dilma/PT necessita de 171 isso mesmo 171........ deputados para arquivar o 1º processo de impeachment. Mas pensando bem já que ela precisa de 171 tá arquivado pois 171 é que eles do PT mas fazem...
03 de Apr / 2016 às 11h28
Como cidadão sou a favor de impeachment por um Brasil sem corrupção, sem recessão e sem desemprego.
03 de Apr / 2016 às 13h11
Agora que o negócio pegou feio para as bandas de Dilma, Lula e os petistas, o professor lulista Otoniel Gondim se esconde! Quero ver que defesa virá dele no próximo artigo! Cadeia neles, os petralhas!
03 de Apr / 2016 às 13h23
E AÍ, OTONIEL GONDIM? VEM QUANDO O ARTIGO SOBRE OS VEREADORES? LEGAL QUE VEJA A RENOVAÇÃO QUE VIRÁ. GERALDO JOSÉ, APRESSE O GONDIM.
03 de Apr / 2016 às 14h03
É no minimo irresponsabilidade divulgar uma matéria dessa A mídia não pode antecipar situações ,isso não é ético nem democrático Há muito ainda a sr rolar até.a votação desde golpe É importante esclarecer Onque saonas pedaladas fiscais, e para que serviu esse recurso Isso a imprensa nao exclarece a.populacao
03 de Apr / 2016 às 14h04
Não é impeachment é golpe Não há crime fiscal
03 de Apr / 2016 às 14h04
É no minimo irresponsabilidade divulgar uma matéria dessa A mídia não pode antecipar situações ,isso não é ético nem democrático Há muito ainda a sr rolar até.a votação desde golpe É importante esclarecer Onque saonas pedaladas fiscais, e para que serviu esse recurso Isso a imprensa nao exclarece a.populacao
03 de Apr / 2016 às 17h36
FORA CUNHA E TODOS OS CORRUPTOS DO NOSSO PAIS, NEM Q FECHE AS PORTAS ...
03 de Apr / 2016 às 18h22
Vítima de golpe sou eu que acreditei nas mentiras desde governo corrupto e mentiroso.
03 de Apr / 2016 às 18h36
Pedalou, dançou. É CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL. Está na CONSTITUIÇÃO!
05 de Apr / 2016 às 07h29
SÓ O POVO UNIDO PODE RESOLVER ESSA VAXATÓRIA SITUAÇÃO