Faltando menos de 150 dias para o início dos Jogos Olímpicos 2016, as forças de segurança intensificaram as ações de capacitação contra atentados em grandes eventos. Nesta sexta-feira (18), representantes da Marinha, Exército, Aeronáutica, polícias Federal, Militar e Civil, além de membros de órgãos e instituições que vão estar diretamente ligados às Olimpíadas, participaram do Estágio de Percepção de Ameaças Terroristas (EPAT), iniciado na quinta (17), no Centro Militar de Convenções e Hospedagem Aeronáutica, no bairro de Ondina, em Salvador. "Esse é um evento para alinharmos estratégias e somarmos força. O nosso plano de ação integrada entre as forças é melhorado a cada dia. Esse é um momento de o reforçarmos", afirma o vice-almirante da Marinha, Cláudio Portugal Viveiros, comandante do 2º Distrito Naval.
O encontro é organizado pelo Comando do 2º Distrito Naval, que será responsável pela Coordenação de Defesa de Área (CDA), na capital baiana, entre 4 e 13 de agosto, quando a Arena Fonte Nova sediará dez jogos de futebol. Entre os assuntos abordados no evento, destacam-se ações de identificação, prevenção e combate ao terrorismo.
Teste de segurança
Também foram apresentados ao público, nesta sexta-feira (18), os sete principais indícios que, normalmente, antecedem os atentados, como o levantamento de dados sobre entidades e pontos turísticos, além de testes de segurança. "Um teste comum que os terroristas fazem antes de realizarem o ataque é de deixar um objeto qualquer, como uma bolsa, por exemplo, em algum lugar público movimentado. Assim ele tem uma noção se as forças de segurança estão atentas", explica o general Mauro Sinott, comandante de Operações Especiais do Exército Brasileiro.
Com a realização das Olimpíadas no Brasil, o país passa a ser o centro das atenções de todo o mundo. A visibilidade proporcionada pela mídia internacional e a chegada de turistas de diversas partes do planeta exigem a precaução das forças de segurança, que vão atuar com um efetivo total de sete mil homens na Bahia durante o evento.
Integração com a sociedade
Os treinamentos não foram direcionados apenas aos militares. Representantes de 48 instituições civis também participaram do encontro de capacitação e tiveram a chance de aprender a agir em situações suspeitas. O coordenador da Comissão Estadual de Segurança Pública de Grandes Eventos, tenente-coronel Marcos Oliveira, ressalta que, ao contrário do que se pensa, as ações de prevenção devem ser feitas de maneira integrada com a sociedade. "É importante que todos saibam como identificar uma situação suspeita para nos ajudar. É necessário contar com as pessoas, já que as ações são discretas. Estamos preparados para garantir o espetáculo com toda a segurança", ressalta o tenente-coronel Oliveira.
Secom Bahia
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