Já passa de cinco mil o número de microempreendedores individuais (MEI) formalizados em Juazeiro, no Norte da Bahia. Nos últimos cinco anos houve crescimento de mais de 270%. Entre os setores que mais buscam formalização estão os de comércio de vestuário, acessórios e cosméticos, alimentação, beleza e estética, obras de alvenaria, serviços delivery e de táxi.
Há seis meses, o promotor de merchandising e técnico em informática, Jhon Cruz, abriu a F5 Designer, empresa de designer gráfico especializada na criação de projetos personalizados, como copos long drink, taças, camisas, sandálias, canecas em acrílico e porcelana. Além de realizar o sonho de ter o próprio negócio, hoje o microempreendedor também comemora os benefícios da formalização.
"Busquei orientação no Sebrae e como MEI passei a contar com uma série de vantagens, como os benefícios da Previdência Social e acesso a qualificação empresarial, que vai me ajudar a melhorar a gestão da gráfica e ter mais competitividade no mercado. A meta é crescer, inovar e ser referência na região", destaca. Atualmente Jhon Cruz trabalha em casa, em parceria com a sua esposa, a jornalista Alinne Torres.
Além da cidadania empresarial, ao se formalizar, o microempreendedor também passa a ter outros benefícios como, por exemplo, um CNPJ, acesso a serviços financeiros e de crédito, emissão de nota fiscal, contratação de pelo menos um funcionário, direitos previdenciários e recolhimento diferenciado em relação aos valores destinados ao INSS, ISS e ICMS em processo simplificado.
Segundo o gerente regional do Sebrae Juazeiro, Carlos Cointeiro, o crescimento do MEI na cidade é resultado da vontade de empreender e da busca pela formalização da atividade econômica.
"Além de incentivar o empreendedorismo, o microempreendedor individual contribui para fortalecer a economia local, principalmente os negócios localizados nos bairros da cidade, pois trazem comodidade à população e descentralizam a receita municipal. O MEI representa a formalização de uma ideia empreendedora, seja ela oriunda da oportunidade de empreender ou da necessidade de ter o próprio negócio, para geração de renda", conclui.
O MEI foi instituído na cidade de Juazeiro em 2010, através da Lei Complementar 129/2008, para incentivar a formalização de pequenos negócios. Cerca de 51% desses negócios são administrados por homens.
Como se tornar um MEI?
O empreendedor que exerça uma atividade econômica e fature até R$ 60 mil por ano pode se tornar um MEI. O processo de adesão é simples e pode ser feito no Portal do Empreendedor, sem custos e burocracia. Depois que formaliza a atividade, ele passa a ter CNPJ, que é o cadastro das empresas e facilita a abertura de conta no banco e emissão de notas fiscais, por exemplo.
A categoria faz parte do Simples Nacional, programa de recolhimento simplificado de impostos. Por isso, o MEI é isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL) e paga uma contribuição mensal de 5% do salário mínimo mais R$ 1 ou R$ 5 de ISS ou ICMS, dependendo da atividade exercida. A contribuição mensal pode ser de R$ 45, para comércio ou indústria, R$ 49, para prestação de serviços, ou R$ 50, para comércio e serviços.
Para mais informações sobre o MEI, os interessados devem ligar para os números 0800 570 0800 / (74) 3612 0827 ou ir até a sede do Sebrae Juazeiro, localizada na Rua Coronel João Evangelista (Rua da 28), nº22, Centro.
Ascom/Sebrae-BA
1 comentário
22 de Feb / 2016 às 08h34
E com muito esforço que conseguimos o sucesso. Parabéns vc é um guerreiro!