A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) questiona a resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em que enfermeiros obstétricos e obstetrizes estejam aptos a realizar partos. A determinação da ANS fere a legislação em vigor no entendimento da entidade, que representa mais de 400 mil médicos no país.
O presidente da FENAM, Otto Baptista, se mostra preocupado com possíveis erros que venham a comprometer a saúde das gestantes e do bebês. "É ilegal a realização de parto sem a presença do médico. Temos formação específica para tal atuação, então não justifica chamar o médico apenas quando existem complicações. O acompanhamento do profissional médico durante a gestação é primordial para um parto bem sucedido'', alertou o presidente da FENAM, Otto Baptista, especialista em ginecologia e obstetrícia.
De acordo com a Lei 7.498, o profissional de enfermagem está autorizado a assistir à gestante, parturiente e puérpera, acompanhar a evolução e do trabalho de parto, e executar o parto sem complicações apenas como integrante da equipe de saúde. "O legislador quando estabeleceu essa regra obrigando a participação do profissional de enfermagem na assistência ao parto, apenas como integrante de uma equipe de saúde, ratificou a necessidade da presença do médico acompanhando todos os procedimentos relacionados à assistência ao parto", ressaltou o secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze.
A equipe de saúde é formada por todos os profissionais de saúde, obrigatoriamente tendo também o médico em sua formação.
3 comentários
15 de Feb / 2016 às 06h18
Na minha família tivemos um caso onde minha sobrinha perdeu o bebê ano passado por ser um parto complicado e foi feito por 2 enfermeiras , só quando perceberam que não iriam conseguir foi que solicitaram a ajuda do médico, mas foi tarde demais , isso foi na CLISE.
15 de Feb / 2016 às 06h27
Só agora vieram a se manifestar sobre isso? Quantas crianças com problemas de saúde e físicos provocados por partos feitos por pessoas não qualificadas para tal. Lamentável.
15 de Feb / 2016 às 06h41
Minha formação não permite emitir uma comentário especializado sobre o tema mas permitam-me como cidadão opinar em tal questão. a parte mais relevante do texto acima é a parte que diz quem é a FENAM, uma entidade que representa mais de 400 mil médicos no país. Ela representa os médicos e não a sociedade. Estamos vivendo uma crise por falta de médicos e minha mãe nasceu de parteira, que assim como ela trouxe ao mundo mais de 30 pessoas ainda vivas. Não estou desmerecendo a importância do trabalho do profissional de medicina no entanto é notória a falta destes profissionais principalmente nos lugares mais pobres e distantes dos grandes centros. Acho sim que os profissionais de saúde como um todo devem ser capacitados para trazer ao mundo novas vidas em segurança.