Se vivo fosse Humberto Teixeira completaria neste domingo (05) 110 anos de nascimento

O Brasil e suas autoridades não valorizam as reais riquezas culturais. Neste domingo se vivo fosse Humberto Teixeira completaria 110 anos de seu nascimento. Humberto Teixeira um dos mais inspirados compositores, parceiros de Luiz Gonzaga escreveu a música Asa Branca.

 Asa Branca, é um dos mais belos versos da MPB, aquele que fala: “Quando o verde dos teus olhos/Se espalhar na plantação/Eu te asseguro não chore não, viu?/Que eu voltarei, viu?/Meu coração. “Humberto, junto com Gonzaga, concretizou a música nordestina. O baião é criação dos dois”, resume o cantor Lenine.

Humberto Teixeira nasceu em Iguatu no Ceará, no dia 5 de janeiro de 1915 e morreu no Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1979.

Nas fotos o registro da visita da única filha do poeta compositor Humberto Teixeira, a atriz e cineasta Denise Dummont que participou ativamente das comemorações centenário no ano de 2015, em visita a Iguartu Ceará.

 Humberto Teixeira é considerado o Doutor do Baião. Humberto Teixeira foi responsável pelo enriquecimento do acervo da Música Popular Brasileira (MPB), com a composição de clássicos com “Asa Branca”, “No meu pé de serra”, “Baião”,“Juazeiro’, “Kalu”, “Assum Preto”, “Eu vou pro Ceará”, “Légua tirana”, e “Respeita Januário”, imortalizada nas vozes de grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, o rei do baião, que permanece no imaginário de várias gerações de brasileiros.

Eleito deputado federal em 1950, Humberto Teixeira destacou-se por sua luta pelos direitos autorais e aprovou em 1958, a chamada Lei Humberto Teixeira, na qual permitiu a realização de caravanas, contribuindo assim com a divulgação da música popular brasileira no exterior.

Em 2008 o cinema brasileiro ganhou o documentário O Homem que Engarrafava Nuvens produzido pela filha Denise Dumont, dirigido por Lírio Ferreira, e que conta com depoimentos, entre outros, de Gilberto Gil, Caetano, Bebel Gilberto, Daniel Filho e Elba Ramalho. Independente de mandatos e instituições, Humberto Teixeira foi, por toda a sua vida, um incansável militante na promoção e defesa da autêntica cultura brasileira.

A história conta que recém-formado pela Faculdade de Direito, Humberto Teixeira iniciava suas atividades como advogado em um escritório da Avenida Calógeras, Rio de Janeiro e paralelamente realizava suas atividades musicais.

Na mesma época, Luiz Gonzaga estava procurando um parceiro para lançar suas músicas no Rio de Janeiro, e por indicação de Lauro Maia, em agosto de 1945, foi procurar Humberto Teixeira em seu escritório.

O longo bate-papo resultou em um acordo a que chegaram a respeito do “baião”- o ritmo mais “urbanizável” e “estilizável” dos ritmos nordestinos, portanto o mais apropriado para o lançamento da campanha musical que os dois resolveram iniciar.

A partir daquele momento começou a parceria e assim nasceu a canção "Baião", a primeira feliz experiência da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

A música “Baião” foi gravada em 22 de maio de 1946 pelo Quatro Azes e Um Coringa, com excelente aceitação do público, o que abriu caminho para o sucesso da parceria.

Em 2025 o Museu da Imagem e do Som, localizado em Fortaleza, prestou homenagem a Humberto Teixeira, com a exposição uando o sertão ganhou o mar. 

o texto dizia que Humberto Teixeira, compositor cearense, nascido em Iguatu e introdutor do baião que, junto com Luiz Gonzaga, abalou as placas tectônicas da música brasileira, até então, sul-centrada e sob o reinado do samba. 

O baião e o ativismo político de Humberto representaram uma espécie de contrafluxo às caravelas, chegando sua música aos continentes e sendo uma das mais gravadas na Europa, na década de 1950. 

Humberto Teixeira é uma personalidade multifacetada e, como tal, de complexidade, que, ao mesmo tempo, dificulta e enriquece a busca de sua compreensão. Formou-se advogado e, desde a infância, a música, a poesia e o gosto pelas letras sempre o acompanharam. Era brilhante, boêmio e agregador. Ele próprio parece ser a síntese desse fluxo sertão-mar, onde coexistem a simplicidade e elegância do tempo da natureza, da memória e o ativismo político-cosmopolita em defesa da arte e dos artistas.       

Sua obra e o próprio Humberto, situados no tempo e no espaço, instigam reflexões sobre como questões que nos atravessam cotidianamente foram historicamente constituídas. Tradição, a cristalização de imagens sobre o êxodo das populações, o machismo e políticas públicas para exportação da cultura, são alguns exemplos. Apresenta um viés nacionalista e ajudou a formar um imaginário sobre as identidades culturais nordestinas.     

O acervo é um conjunto organizado pelas mãos de suas irmãs Glaura e Ivanira, bem como pelo artista. O acervo sugere organização pessoal, como escrita de si, evidenciando o modo como gostaria de ser lembrado.

Em 2015 o Museu da Imagem e do Som, localizado em Fortaleza, prestou homenagem a Humberto Teixeira, com a exposição uando o sertão ganhou o mar. 

O texto dizia que Humberto Teixeira, compositor cearense, nascido em Iguatu e introdutor do baião que, junto com Luiz Gonzaga, abalou as placas tectônicas da música brasileira, até então, sul-centrada e sob o reinado do samba. 

O baião e o ativismo político de Humberto representaram uma espécie de contrafluxo às caravelas, chegando sua música aos continentes e sendo uma das mais gravadas na Europa, na década de 1950. 

Humberto Teixeira é uma personalidade multifacetada e, como tal, de complexidade, que, ao mesmo tempo, dificulta e enriquece a busca de sua compreensão. Formou-se advogado e, desde a infância, a música, a poesia e o gosto pelas letras sempre o acompanharam. Era brilhante, boêmio e agregador. Ele próprio parece ser a síntese desse fluxo sertão-mar, onde coexistem a simplicidade e elegância do tempo da natureza, da memória e o ativismo político-cosmopolita em defesa da arte e dos artistas.       

Sua obra e o próprio Humberto, situados no tempo e no espaço, instigam reflexões sobre como questões que nos atravessam cotidianamente foram historicamente constituídas. Tradição, a cristalização de imagens sobre o êxodo das populações, o machismo e políticas públicas para exportação da cultura, são alguns exemplos. Apresenta um viés nacionalista e ajudou a formar um imaginário sobre as identidades culturais nordestinas.     

O acervo é um conjunto organizado pelas mãos de suas irmãs Glaura e Ivanira, bem como pelo artista. O acervo sugere organização pessoal, como escrita de si, evidenciando o modo como gostaria de ser lembrado.

redegn Foto Ney Vital arquivo redegn