Uma imagem curiosa marcou uma das ações da Operação Natal registrada pela PRF BA na manhã de hoje (24), em Salvador (BA). Dois automóveis Chevrolet/Onix da mesma cor e com a mesma placa em exposição lado a lado. O veículo apreendido ostentava placas falsas e circulava clonado.
Tudo começou, quando uma equipe da PRF fazia ronda na altura do Km 620 e deu ordem de parada ao Onix, de cor vermelha, porém o comando foi desrespeitado e logo em seguida, o motorista e o ‘carona’ abandonaram o carro e fugiram a pé em direção ao matagal.
Durante a vistoria no automóvel e após algumas consultas a equipe constatou que tratava-se de um ‘dublê’ e que havia uma queixa de roubo para o veículo, registrada há menos de 48 horas, na capital baiana.
Os policiais conseguiram localizar o proprietário que teve a placa do veículo dele utilizada de forma irregular no Onix roubado. Ele se deslocou até a Delegacia e colocou o seu veículo lado a lado com o clone, agradecendo a ação dos policiais e relatou que a situação de ter seu veículo clonado, com certeza acarretaria muita dor de cabeça e oneraria o seu bolso, com multas diversas e até pontos na carteira de habilitação, caso o Onix apreendido continuasse rodando com as placas clonadas.
A ocorrência foi encaminhada para o registro da recuperação e devolução do carro para o seu legítimo proprietário. Buscas prosseguem na tentativa de capturar os suspeitos que fugiram da abordagem policial.
Clonagem não é um crime tão raro
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia recuperou de janeiro até ontem (23/12) 770 veículos que circulavam com registro de roubo, furto ou clonado pelas rodovias federais que cortam o estado, representando o esforço contínuo do órgão no enfrentamento à criminalidade.
Na clonagem (cabrito), os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo com características semelhantes e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito e pontos na carteira (CNH) por infrações relacionadas ao veículo clonado e, em algumas situações o proprietário paga as multas sem ter conhecimento real do cometimento da infração.
Em suas ações, a PRF verifica uma série de modalidades que giram em torno dos crimes relacionados às fraudes veiculares. Essas modalidades vão desde o simples furto/roubo do veículo passando pela utilização de documentos falsos e receptação, o que pode dificultar a identificação do crime e por isso exige uma fiscalização minuciosa por parte dos policiais.
Outra modalidade utilizada é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Sistema SINAL
A PRF conta com sistemas que possibilitam identificar se os veículos possui restrições, bem como se a documentação é autêntica. Dentre os sistemas, a PRF dispõe do SINAL que através de informações inseridas pelo próprio cidadão, possibilita o acionamento de equipes de policiais em um raio de 100 quilômetros do local da ocorrência, para auxiliar na recuperação do veículo.
Para isso, o cidadão que tiver seu veículo roubado, furtado, com perda de sinal, em seqüestro ou clonado, poderá fazer um cadastro do referido veículo no portal da PRF através do site www.prf.gov.br/sinal e inserir informações sobre o crime e as características do automóvel.
PRF/Foto: PRF divulgação
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