O Herbário de Referência do Sertão Nordestino (HRSN), sediado no Centro de Estudos em Biologia Vegetal (CEBIVE) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no Campus de Ciências Agrárias (CCA) em Petrolina (PE), deu um passo importante para a conservação da biodiversidade do bioma Caatinga.
A instituição contou com a expertise do doutor Jone Mendes, Pós doutorando da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), para a atualização e identificação de grupos botânicos da coleção.
A iniciativa foi possível graças à aprovação do edital que contempla a Seleção de Pesquisadores para Visita a Herbários Parceiros do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF). Doutor Jone Mendes, especialista nas famílias Euphorbiaceae e Phyllanthaceae, realizou a revisão completa das amostras pertencentes a essas famílias no HRSN, trazendo precisão e confiabilidade ao acervo da instituição.
"A atualização dos espécimes da coleção, principalmente de material coletado na Caatinga, foi importantíssimo para o processo de conhecimento da diversidade biológica e da conservação desses materiais. Fiquei bem surpreendido com o quantitativo de espécimes coletados e com o esforço de coleta que o grupo faz durante essas pesquisas", destacou Mendes. Além disso, o pesquisador ministrou uma palestra voltada para os colaboradores do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA), CEBIVE e do HRSN. O tema abordado foram os caracteres morfológicos diagnósticos da família Euphorbiaceae, com foco em como essas características podem auxiliar na coleta e identificação de espécies em campo.
Segundo o curador do HRSN, o professor doutor Daniel Pifano, a presença de especialistas como o taxonomista doutor Jone Mendes é crucial para garantir a qualidade e a atualização do acervo, além de reforçar o papel estratégico do herbário na conservação da biodiversidade da Caatinga. "A presença de taxonomistas no Herbário é fundamental para o funcionamento da instituição. Esses especialistas aprimoram a acurácia das determinações taxonômicas. Muitas vezes, as exsicatas, ou seja, os materiais depositados aqui, não estão identificados até o nível de espécie. Mesmo quando identificados, isso pode ter sido feito com base em comparações, na experiência de outros botânicos ou na literatura especializada. É por isso que a validação de um especialista, de um taxonomista, é tão essencial.", ressaltou Pifano.
Ascom Cemafauna/Univasf/Fotos: Rovani Araújo
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