Indústrias ligadas à mobilidade, como montadoras e produtoras de combustíveis, além do próprio governo federal, iniciam os testes para aumento da mistura de etanol anidro à gasolina. A medida é um passo importante para a descarbonização brasileira.
A determinação dos testes veio após workshop realizado em Brasília, pelo Ministério de Minas e Energia, na semana passada. A intenção é analisar os impactos do aumento do percentual da mistura, medindo fatores como emissões, consumo e dirigibilidade, para garantir que não haja nenhum tipo de problema para os veículos, conforme explica o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.
Atualmente, o percentual de etanol na gasolina tem limite de 27% e o aumento para 35% está sendo estudado como caminho para reduzir as emissões nacionais de CO2. Além de ser mais limpo, o etanol é uma fonte de energia renovável e sua maior participação na matriz de combustíveis representa um passo estratégico na direção de uma mobilidade mais sustentável, menos suja e mais econômica.
Os testes devem durar de 4 a 6 meses na primeira etapa, onde a adição evoluirá de 27% para 30%. Na segunda, avançará para os 35%. Segundo Renato Cunha, a indústria tem plena capacidade de atender à demanda extra gerada com o eventual aumento da mistura de etanol anidro à gasolina, quer seja na proporção de 30% ou 35%.
0 comentários