O Brasil tem assistido a episódios explícitos de agressões, inclusive físicas, durante debates entre candidatos às eleições municipais. Nas coberturas midiáticas e nas redes sociais, a cadeirada do candidato a prefeito de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), e o soco dado pelo assessor de Marçal no marqueteiro do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) são temas predominantes.
Em entrevista ao Correio, o cientista político Robson Carvalho, professor na Universidade de Brasília (UnB), classifica o modo como candidatos se comportam, pautando seus atos pelo uso das redes sociais, como algo para se lamentar. “Temos, claramente, episódios de violência, mas que são intencionalmente provocados. Trata-se de uma estratégia lamentável, na qual ‘lacrar’ acaba sendo a oportunidade que os candidatos têm para tentar repercutir e alcançar um público maior”, comenta Robson Carvalho.
"Esse tipo de comportamento — de provocar outros candidatos até tirá-los do sério para causar uma cena — é utilizado como estratégia de campanhas eleitorais. Eles possibilitam a criação de “cortes”, como são chamados os vídeos de curta duração com declarações polêmicas, que circulam pela internet. É lamentável. Essa distração é boa para quem faz menos do que promete e para quem consegue chegar ao poder através da violência", analisou Robson.
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