A secretária executiva da Rede Nacional da Primeira Infância (RNPI), Solidade Menezes, explicou o crescimento da preocupação dos gestores públicos com a implementação de creches nos municípios. Na sua ótica, uma maior pressão da mídia é a responsável por fazer o debate da educação infantil básica ganhar corpo no País.
“Esse movimento de creches tem crescido porque a mídia tem sustentado - e os índices são alarmantes - o não atendimento de crianças de 0 a 3 anos, e é por isso que muita gente usa isso nos palanques, nas suas redes sociais. Mas desde a constituição de 1988 que já era direito da criança de ter creche”
A secretária da RNPI pontuou que espera que a disputa política crescente em torno da pauta do cuidado com as crianças não resulte no que chamou de “letras mortas” e ganhe efetividade dentro das gestões dos municípios e dos estados.
“Que não vire letra morta e que essas políticas públicas sejam exequíveis com seriedade, porque o gestor que cuida da primeira infância pensa no hoje, porque se a gente não fortalecer a infância hoje, que adultos vamos ter amanhã? Que Brasil nós teremos amanhã?”, indagou a executiva.
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, Solidade Menezes declarou também que a RNPI faz uma cobrança moral aos agentes públicos que não assumem compromisso com a causa da primeira infância, deixando para os órgãos de controle a responsabilização.
“A gente deixa as punições para quem de direito, o Tribunal de Contas, todos os órgãos competentes. Nossa cobrança é moral. Tanto que nossas cartas não precisam de aparato jurídico porque é um compromisso moral”, explicou a secretária.
Rádio Folha FM
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