A Câmara Municipal do Rio aprovou a derrubada do veto da Prefeitura do Rio, nesta terça (3), e aguarda a promulgação da lei que reconhece a bossa nova como patrimônio histórico e cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o G1, Rio de Janeiro, o gênero musical, criado na Zona Sul do Rio ao final da década de 1950, se tornou referência carioca e brasileira no exterior, através do talento de músicos como João Gilberto, tido como inventor da maneira de cantar e tocar violão no ritmo. Entre os outros grandes nomes da bossa nova estão Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Nara Leão e Carlos Lyra.
A Bossa Nova consolidou-se, com o lançamento de “Chega de Saudade”, uma composição de Tom Jobim e Vinícius de Moraes que deu nome ao primeiro LP de João Gilberto.
Em 2007, a prefeitura já tinha feito um decreto para tombar o ritmo como patrimônio histórico cultural de natureza imaterial. Na época, o prefeito era Cesar Maia, um dos vereadores autores do projeto atual do legislativo.
Após a primeira aprovação pela câmara do projeto atual, o prefeito Eduardo Paes vetou o texto argumentando que o legislativo entrou "em seara que não lhe é própria", ofendendo a separação entre os poderes.
Em seu texto, o prefeito entendeu que o reconhecimento do Bem Cultural de Natureza Imaterial é decisão privativa do administrador, "não competindo ao Poder Legislativo pretender fazê-lo por ato legislativo".
O veto de Paes, entretanto, foi vetado pela câmara e agora o projeto dos vereadores terá que ser promulgado.
"A Bossa Nova é uma referência mundial do Brasil e do Rio de Janeiro. É mais do que um patrimônio. Quem nunca se encantou ou se emocionou com os versos de Tom e Vinicius? Foi um movimento musical que fez história e está marcado para sempre na alma de todo o carioca", diz o presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado (PSD), e um dos autores do projeto, ao lado do vereador Cesar Maia (PSD).
redação redegn com informações G1 Foto Ivan Cruz Jacaré
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