Vítimas da queda do avião em Vinhedo morreram de politraumatismo, diz IML

A Polícia-Técnico Científica de São Paulo afirmou que as vítimas do acidente com o avião em Vinhedo, no interior de São Paulo, morreram de politraumatismo. O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar.

No total, 62 pessoas morreram, 58 passageiros e quatro tripulantes da Voepass na sexta-feira (9), naquele que é o maior acidente aéreo do Brasil desde 2007.

"Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo", diz Vladmir Alves dos Reis, diretor do IML.

Segundo Reis, as vítimas já tinham morrido com o impacto da queda e só depois foram carbonizadas. "As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo." O diretor disse ainda que todas as vítimas serão identificadas completamente.

"Eu garanto para vocês que quando esses corpos forem entregues aos seus familiares eles vão ter 100% de certeza que realmente é aquela pessoa. Nós não liberamos nenhum corpo, nenhuma pessoa, nenhum cadáver se não houver uma certeza absoluta dessa verificação, é por isso que daqui pra frente o processo vai ser um pouco mais lento."

A Polícia Científica do Paraná enviou para São Paulo 31 amostras de DNA e 19 de documentação odontológica para ajudar os peritos paulistas nesse processo.

A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição a aeronave KC-390, um cargueiro, para levar os corpos das vítimas de São Paulo para o Paraná.

G1 São Paulo Foto Força Aérea Brasileira